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2ª temporada do Tô na Área chega ao fim com grandes histórias; relembre os personagens que passaram pelo Mundo Poker

Foram muitas lições passadas por cada pessoas que abrilhantou o quadro

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Depois do sucesso da primeira temporada do quadro “Tô na Área”, feito brilhantemente pela jornalista Átala Souza e com participação especial da lenda Guilherme Schiff em uma das edições, o quadro especial dos domingos foi para a sua segunda temporada repleto de novas histórias inspiradoras.

Contando sobre a vida e carreira de pessoas que não aparecem com tanta frequência na mídia, mas que trabalharam duro para se colocar – e conseguir – em evidência no mundo do poker, o quadro é um daqueles em que, ao mesmo tempo em que se escreve e conta o dia-a-dia de cada um, é um aprendizado para quem o faz.

E com um sentimento especial de ver tantas histórias brilhantes sendo contadas, a finalização da segunda temporada traz o dever de sensação cumprida. Se você ainda não viu alguma das histórias, aqui é o lugar perfeito para você conhecê-las e se inspirar para contruir um futuro melhor. Exemplos não faltam. Vamos relembrar?

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O primeiro entrevistado da nova temporada foi Christian Almeida. Com uma longa carreira, o jogador viveu de tudo no poker e compartilhou suas experiências sobre os altos e baixos que o esporte traz. Como foi a primeira a ser escrita por mim, posso dizer também que Christian muito me ensinou e foi um texto inesquecível. Na semana seguinte, Eduardo Dantas veio com sua fortaleza mental e sua tática infalível para convencer os pais sobre a carreira no poker. Sinônimo de trabalho duro, o “eduardodantas95” foi outro que deixou ensinamentos importantes.

Depois dele, o esportista e competitivo Álvaro de Oliveira se emocionou relembrando toda sua trajetória. O hoje jogador do Samba está cada vez mais pronto e mostrou que o lado mental foi importante para seu sucesso, contando como mudou alguns pontos para chegar onde está hoje. Até então com jogadores que dedicavam tempo integral ao poker, Richard Falcão mostrou que também dá pra viver com outras funções. Jogador de futebol profissional e educador físico, ele foi um grande exemplo de como conciliar diversas funções.

Richard Falcão

Henrique Miazaki, jogador do Midas Poker Team, foi o próximo a aparecer. Ele começou no poker depois de sofrer um acidente gravíssimo e sua história é uma verdadeira inspiração para enxergar o lado positivo em qualquer situação. Com seu jeito engraçado, o Miazaki trabalhou muito para se colocar entre os melhores. Já a primeira entrevistada para o Tô na Área foi Bárbara Akemi. Ela já foi campeã brasileira de Taekwondo e levou a competividade e o talento para as mesas. Sua história é outra daquelas que inspiram a qualquer um, se impondo em um meio onde as mulheres são minoria.

Posteriormente, Fel Degani, um jogador que há muito tempo brilha no poker online, contou histórias incríveis de um tempo antigo no poker. Da primeira turma do 4-bet, o Fel superou toda sua timidez para deixar uma narrativa brilhante sobre sua carreira, mostrando um amor gigante pelo esporte. O profissional Igor Reis foi mais um a deixar seu conhecimento e vida à mostra para a comunidade. Como jogador e instrutor, ele conseguiu um belo currículo e disse querer retribuir ajudando a comunidade de alguma forma.

Uma das histórias mais marcantes da temporada teve como personagem principal o Dêrso Souza. O ex-dealer, dono de uma humildade que merece destaque, não teve sua investida na profissão bem aceita pela sua família. Ele lutou muito para mostrar como o poker devia ser levado a sério e emocionou a mim – e a todos – com uma bela história. Segundo o jogador, sua aparição no Tô na Área mudou sua vida, fazendo com que as pessoas reconhecessem todo seu trabalho. E isso é uma coisa que nenhum valor pode pagar.

Dêrso Souza

A jogadora Luana Stadykoski, um dos grandes nomes do Samba Hop, Enrico Rocci e toda sua experiência em todas as áreas do poker e Gabriel Gimenez, que é DJ por formação e constrói sua trajetória em paralelo aos principais sites, também deixaram lições para alcançar o sucesso na carreira e na vida. Do mesmo time, Jefferson Ribeiro e Caio Capato, completamente apaixonados pelo jogo e por evoluir a cada dia, também contaram seus passos por aqui. Depois de criarem um grupo de estudos juntos, ambos deslancharam. O Tô na Área também faz runnar, viu?

Outra presença feminina que passou pelo quadro foi Ana Luiza Marçal. A jogadora foi campeã de um evento antes mesmo de declarar sua profissionalização e passou por um misto de emoções em sua conquista. Jovem, ela conseguiu um grande resultado logo no começo da carreira para ganhar ainda mais força. Do outro lado da moeda, o experiente Paulo Goulart é um verdadeiro colecionador de títulos. Profissional de poker live, ele contou alguns de seus segredos para obter tantos resultados expressivos e contou que sonha viver em Las Vegas. Talento ele tem, né?

Um intrigante personagem também passou pelo quadro. O “Lecram006” por muito tempo ficou escondido atrás do nick, mas Marcel Morandini não só revelou sua identidade, como também se tornou o tão famoso jogador das mesas, que segue de maneira solo no poker. E falando em talento nas mesas, um dos nomes que com certeza será muito falado no futuro é o de Renan Budal. O jovem jogador, que gosta de buscar a evolução sempre, também deixou a mostras sua mentalidade vencedora por aqui.

Ana Luíza Marçal

E fechando com chave de ouro a lista, Marcela Couto, uma verdadeira guerreira, já estava há dois anos no poker e queria ir para o tudo ou nada nesse ano. É claro que, merecidamente, o tudo venceu. Ela conseguiu seu maior hit da carreira e ganhou forças para continuar brilhando nas mesas e inspirando outras meninas a jogarem. Preocupada em ter sua saúde mental em dia, a jogadora também falou sobre o como isso é importante nos reflexos de seus resultados.

Com todos esses personagem especiais, donos de histórias de vida de todos os tipos, o Tô na Área completou sua segunda temporada. Foram lições passadas por todos, que com certeza são valiosas para quem vive ou quer viver desse esporte maravilhoso chamado poker. Em breve, uma terceira temporada irá começar, com novos nomes trazendo mais histórias incríveis e que, muitas vezes, acabam passando despercebidas. Ser responsável por escrevê-las é realmente um prazer. Que todos tenham muito sucesso e até logo!

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Foram muitas lições passadas por cada pessoas que abrilhantou o quadro

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Tô na Área #58: Nilton Leocadio conta trajetória persistente no poker até resultados de impacto no online

O paranaense teve Alexandre Gomes como um dos primeiros “padrinhos” no poker

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O quadro Tô na Área chega mais uma vez para abrir espaço para um jogador que recentemente brilhou no poker online. Nilton Leocadio satelitou o GGMasters de US$ 150 e terminou campeão do torneio para uma forra de quase R$ 60.000. Mas a estrada até esse big hit chegar foi bastante longa e cheia de curvas até esse momento especial.

Detalhista, Nilton contou tim-tim por tim-tim para o Mundo Poker. Para facilitar a leitura, separamos as falas do jogador profissional por tópicos específicos na ordem cronológica.

Primeiros contatos com o poker

“Cara, os meus primeiros contatos com o poker eu tinha ali por volta dos meus 16, 17 anos. Tinha a família de um amigo meu aqui da minha cidade que eles reuniam no fim do ano e brincavam. A família inteira deles jogava ali o home game e tal. Esse meu amigo, o Vinícius Saliba, hoje em dia faz parte do 4Bet Team. Foi através dele e da família dele ali que eu tive os primeiros contatos com o poker”

“E foi muito assim especial, porque logo quando eu comecei ali a brincar nos home game e tal, aí eu já criei uma conta no PokerStars. Depois eu depositei US$ 10. Na primeira semana que fui jogar cravei um torneio de US$ 2,20. Só sei que deu uma média de 1.000 jogadores e eu cravei. Acho que acho que pagou ali uns US$ 800, alguma coisa assim. E daí eu vi que aquilo ali era pra mim, né? Foi um amor à primeira vista que ficou pregado no coração, aqui na mente, até os dias de hoje”

História com Alê Gomes e a pior bad beat da vida

“Eu ganhei esse torneio aí no PokerStars. E daí, cara, eu simplesmente peguei, vendi meus dólares pro Alexandre Gomes. Ele sempre vinha pra minha cidade. Um dos melhores amigos dele da época era daqui de Tomazina, o Lelê. Os familiares dele são todos daqui. Tomazina é uma cidade pequena, tem 10.000 habitantes, então todo mundo se conhece. Eu sabia que ele (Alê Gomes) era doleiro, ele era referência no poker mundial. Uns 14, 13 anos atrás, ele era a principal referência do poker no Brasil, e se não do mundo, né? Vendi pra ir pra Curitiba jogar um circuito que era R$ 1.000.000 por R$ 250 na época. E também ia ter um High Roller de R$ 3.000. Eu já tinha uma graninha guardada, aí eu vendi mais esses dólares e fui pra Curitiba. Fui lá com os meus R$ 5.000 e eu falei, cara, eu vou enfrentar esses caras, né? Eu quero jogar esse torneio de R$ 3.000. Olha pra você ver a minha cabeça. Com 18 anos querendo jogar um torneio R$ 3.000.

Nesse evento, Nilton conseguiu uma bad beat enorme na semi FT de 88 contra KK, mas depois levou o que considera a pior bad beat da vida. No 5-handed, quando era segundo em fichas, se envolveu contra Alisson Pereira, o chip leader, de AKs contra KJs. O flop veio A52 rainbow, mas o adversário encontrou um runner runner milagroso com J no turn e J no river para deixar Nilton desolado. Ele ganhou algo em torno de R$ 26.000 a R$ 28.000.

“Agora vou vier disso aí, né. Eu lá com quase 19 anos, minha mãe e meu pai com uma pressão gigante em cima de mim para começar a faculdade, trabalhar em outra coisa”. A decisão foi seguir arriscando no poker. “Se eu tive capacidade de quase ser campeão no primeiro torneio ao vivo, se no meu primeiro online eu já cravei e tudo mais, eu achava que era o melhor. Então, começou a subir pra cabeça. Humildade zero ali na época. Aí eu quebrei, né? Esses R$ 28.000 viraram zero. Simplesmente comecei a jogar torneio caro e tudo mais, e veio a variância, me abraçou e eu perdi todo meu dinheiro”.

Resultado marcante e recomeço

“Eu entrei pra faculdade, comecei a fazer estágio na prefeitura aqui da minha cidade, deixei o poker de lado. Só jogava aos domingos, nos finais de semana. Quando eu tava no terceiro ano de faculdade, eu tava jogando no PPPoker. Ganhei uns torneios, fiz uma banca ali de R$ 7, R$ mil e daí comecei a jogar um pouquinho mais caro. Aí rolou um torneio de R$ 200 com add-on, que foi um torneio que pagou R$ 48 mil pro campeão. Eu precisava trabalhar 4, 5 anos na prefeitura para ganhar esse dinheiro”

“Eu tive uma chance de recomeçar fazendo diferente. Então cheguei e conversei com os meus pais, falei ó, agora eu ganhei aqui R$ 48 mil e assim, eu tenho que trabalhar 4, 5 anos para ganhar esse dinheiro, eu não vou desperdiçar meu tempo trabalhando em uma coisa que eu não quero, que é fazendo estágio na prefeitura, eu vou terminar minha faculdade porque vocês querem e eu vou terminar, beleza, mas agora eu vou voltar a viver do porco de novo. Aí eles ficaram loucos de novo”.

Nilton conheceu Thiago Cortez e foi indicado para o Midas Team, mas não conseguiu conciliar o time com o último da faculdade. Depois de formado, Nilton voltou a reencontrar Cortez. “Ele montou um time mais voltado para aplicativos”. Foram quase três anos nessa parceria com direito a um belo resultado de R$ 77.000 na Suprema. No meio do ano passado, o paranaense decidiu buscar se aventurar na carreira solo.

LEIA MAIS: Eduardo Fontenele fala sobre carreira, comenta importância do Arrocha Team e primeira experiência na WSOP Brazil

Carreira solo

Logo no início, Nilton cravou um torneio na Suprema para R$ 104 mil e conseguiu começar a carreira solo de forma tranquila. “Hoje em dia eu grindo por conta própria. Comprei GTO Wizard, tenho grupo de estudo com alguns colegas que manjam muito de HRC. Tenho um grupo com uns meninos de Portugal também que eu conheci em Vegas. Pretendo não entrar para time nenhum nesse momento porque as coisas estão dando certo na minha vida e na minha carreira”.

Big hit satelitado na GGPoker.

Depois de uma downswing de três meses, Nilton abaixou alguns buy-ins. “Esse US$ 150 da GG, eu nunca tinha jogado ele dando o buy-in por conta própria, eu sempre tentava satélite pra ele. Não acho a estrutura tão boa. Peguei um satélite de US$ 15 e já puxei a vaga. Na quinta-feira eu fui pra Sorocaba passar um final de semana com a minha mãe, com a minha família, e meio que até esqueci desse torneio. Eu ia voltar embora no domingo cedo, já sabendo que eu ia grindar e tudo mais, mas assim, sabe, cara, foi surreal, porque eu satelitei o torneio, daí eu já tava jogando um average buy-in mais baixo. As coisas foram dando certo, foram dando certo, e a hora que eu me vi tava na FT, as coisas foram acontecendo, consegui tirar toda a pressão, a ansiedade em cima de mim. Eu pensava, tipo, se eu cair na bolha da FT desse torneio, não vai mudar nada pra mim, se eu cravar, também não vai mudar nada. A minha filha tá aqui, minha família tá aqui, no outro dia eu vou ter que ir pra academia igual, vou tirar os dias de folga igual, não vai mudar nada na minha vida, então comecei a focar nisso, a mentalizar muito isso, tirar toda essa pressão, jogar de lado, e daí as coisas foram dando certo”.

Nilton cravou o torneio e embolsou um belo prêmio de US$ 59.137 depois de acordo. “Repercutiu demais porque eu moro numa cidade minúscula. É até engraçado, ainda tem aquele preconceito, aquele olhar estranho pra você, aquele olhar torto, assim, de julgamento. Só que a minha família em si ficou muito feliz comigo. É o melhor momento da minha carreira”.

Relação com torneios ao vivo

“Eu gosto de jogar live, mas não viajo muito, umas duas vezes por ano no máximo. Meu foco é no online mesmo, ficar em casa, não é de se locomover, pegar carro, estrada. O torneio mais longe que eu cheguei do BSOP foi o Millions foi o que teve logo depois da pandemia. Fiquei em 38º e pagava R$ 1.200.000. Fiz 30 left no Winter Millions ano passado que o Felipe Sena foi campeão. Eu devo ter jogado umas seis ou sete etapas de BSOP e KSOP. Esse ano eu pretendo ir no Winter Millions, BSOP Millions e talvez Camboriú no KSOP”.

Os hobbies de Nilton

“Aqui na minha cidade tem muitas cachoeiras. Campo de futebol, society, campo de areia. Então eu gosto de jogar um societyzinho, um futebol de campo. Gosto de ir para a cachoeira, gosto de desbravar no rio. De fazer churrasco na beira do rio. De ir pescar de bote. Esse é o meu lazer aqui nas minhas horas vagas”

As referências dele no poker

“Eu não vou descartar o Alexandre (Gomes) porque ele foi quem acreditou em mim lá no começo e é meu amigo até hoje, a gente mantém contato, então ele é um dos meus ídolos no poker.  Além dele eu colocaria o Yuri (Martins). O Yuri é um cara sinistro, humilde, coração, ser humano sensacional, inclusive, eu jantei com o Yuri uma vez no BSOP que teve no Costão do Santinho. Ele é muito amigo do Thiago Cortes e eu também sou amigo do Thiago. Não sei nem se ele lembra de mim, mas o Yuri é meu ídolo, acompanho o trabalho dele. Eu sou fã também do Luciano Hollanda, do Midas, então o “Taradinho” também está junto nessa lista”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

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Tô na Área: Paulo Bortolucci, o “Pai do Nuts”, conta o início no poker e ascensão na Twitch: “foi uma surpresa”

O paulista tem como referência o jogador Caio Capistrano

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Paulo Bortolucci
Paulo Bortolucci

A comunidade brasileira na Twitch tem crescido ao longo dos últimos anos e streamers do país tem ganhado o gosto do público. Um deles, sem dúvida, é Paulo Bortolucci, conhecido como o “pai do nuts”. Natural de Cândido Mota, interior de São Paulo, o jogador profissional contou um pouco de sua trajetória para o quadro “Tô na Área” do Mundo Poker.

“Conheci o poker na faculdade através de um amigo. Foi amor à primeira vista com o joguinho”, explica. “A decisão de jogar profissionalmente foi tomada pela perspectiva de uma melhora de qualidade de vida, tanto financeira quanto a ”liberdade” que o jogo nos traz, seja ela no modo como somos autônomos e podemos gerir de maneira livre o nosso negócio”.

Paulo tem como grande referência no jogo um amigo: Caio Capistrano. “Vi como ele cresceu do zero e se tornou um profissional exemplar”, diz. Além dele, o streamer também admira estrelas como Yuri Martins e Caio Pessagno. Fora o poker, ele tem como hobby o xadrez. “Qualquer jogo de cartas e tabuleiro eu gosto muito de jogar. Curto o futsal também”.

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Paulo tem resultados maiores no poker online, mas elegeu o título de um torneio do MicroMillions, do PokerStars, como o mais marcante da carreira. “Eu ainda era um recreativo e foi meio que um choque conseguir levantar uma grande até então grande para mim”. Esse resultado rendeu US$ 3.900 para a conta do ‘Pai do Nuts’”.

Com mais de 6.000 seguidores na Twitch, Bortolucci explicou como foi a decisão de começar a transmitir ao vivo seus jogos. “Entrei em uma fase pessoa onde ocorreu um desânimo na carreira de jogar de poker online. Pelo fato de todo dia estar lá sozinho no grind, senti um vazio e me deu vontade de parar de jogar na época”, relata.

“Tiveram meses onde grindei porque era a única opção, até porque era minha fonte de renda, mas a Twitch veio preenchendo esse vazio. A comunidade fluiu muito natural e cresceu bem rápido. Sinceramente foi uma surpresa, não imaginava que cresceria tanto em tão pouco tempo. Tenho que agradecer a comunidade, muito feliz pelos meus telespectadores e moderadores, acabamos por fortalecer uma amizade”, conta.

Para quem não conhece o canal de Bortolucci, ele explicou como é o seu estilo. “É mais didático pra galera que está iniciando no poker e também rola uma descontração vez ou outra”. Neste ano, Paulo acabou ficando de fora dos indicados para “Melhor Streamer” do Mundo Poker Awards e o site recebeu diversas mensagens da comunidade dele.

“Apesar de ser streamer iniciante, eu tenho um público legal, e isso querendo ou não machuca o ego. Todo mundo é filho de Deus, né?” brinca sobre a ‘injustiça’ da não indicação. No ano passado, Paulo disputou o BSOP Millions e relatou a experiência. “Foi bacana, bem divertido. É uma maneira bem legal de imergir no mundo do poker e conversar ao vivo com a galera que a gente faz amizade no dia a dia e do online. Pretendo, sim, jogar mais lives”.

Por fim, o “Pai do Nuts” respondeu quais são os sonhos da carreira: “continuar crescendo a live e se realizar financeiramente. Que venham muitas retas e resenhas!”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

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Tô na Área: Higor Seibel leva o poker brasileiro ao topo na Austrália e traz curiosidades sobre trajetória: “influência de Yuri Martins”

O gaúcho de Venâncio Aires possui resultados expressivos nos circuitos australianos

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O quadro de entrevistas “Tô Na Área” do Mundo Poker está de volta em 2024 e o quarto convidado da temporada tem uma bela história e representa muito bem o poker brasileiro na Oceania. É Higor Seibel, gaúcho da pequena cidade chamada Vênancio Alires, que desde 2018 vive em Adelaide, na Austrália, e carrega a bandeira brasileira nos principais torneios realizados no país dos cangurus.

Assim como muitos sonham em sair do Brasil e tentar uma vida em outros países, o então entusiasta do poker na época, realizou o que queria após vencer o Mini Sunday Million do PokerStars e se espelhar em uma lenda do poker brasileiro: “decidi fazer um intercâmbio para o país em 2018, aos 19 anos de idade, após ser influenciado por Yuri Dzivielevski, que já havia vivido na Austrália e despertei a curiosidade em conhecer o país e aprender inglês”, contou Higor.

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Com US$ 170 mil em ganhos em torneios ao vivo, todos na Austrália, ele registra ótimos resultados nos diversos circuitos por lá. Como por exemplo vitórias no Main Event da Adelaide Poker Series, Southern Poker Tour, Australian Poker League e, o mais recente deles, no Australian Poker Tour, onde levou $44 mil com direito a um belo hero call registrado em vídeo, que viralizou na comunidade australiana de poker.

Todas essas curiosidades envolvendo rotina de grind, field dos torneios australianos, poker online bloqueado por lá, escolha de ser profissional, intercâmbio e muito mais, Higor contou em uma bela entrevista ao Mundo Poker no quadro “Tô Na Área”.

Confira a entrevista completa com  Higor Seibel para o “Tô na Área”:

MP: Quem é Higor Seibel?

Higor: “Higor Seibel é um brasileiro de 26 anos de Venâncio Aires Rio Grande do Sul que atualmente reside na Austrália. Decidi fazer um intercâmbio para o país em 2018, aos 19 anos de idade, após ser influenciado por Yuri Dzivielevski, que já havia vivido na Austrália e despertei a curiosidade em conhecer o país e aprender inglês. Um momento crucial na minha jornada foi quando eu alcancei o segundo lugar no prestigioso Mini Sunday Million $22, ganhando um prêmio substancial de cerca de US$ 15 mil.

Foi o catalisador para realizar meu sonho de fazer um intercâmbio na Austrália. Com a ajuda financeira da minha dedicada mãe, Luciane Kist, consegui financiar a viagem e se estabelecer em terras australianas. No início da minha estadia na Austrália, enfrentei desafios típicos de um intercâmbio, tendo que conciliar estudos e trabalho em período integral, o que me afastou um pouco do poker por um tempo.

Após algum tempo vivendo na Austrália, consegui conciliar o trabalho com o poker e, embora inicialmente não planejasse voltar a jogar poker em tempo integral, meus resultados consistentes o levaram a pedir demissão do emprego cerca de 16 meses atrás, para se dedicar profissionalmente ao poker”.

MP: Como o poker surgiu na sua vida?

Higor: “Conheci o poker por meio de amigos por volta de 2013 ou 2014, quando começamos a jogar em garagens por apostas de 2 ou 5 reais. Após despertar minha curiosidade, comecei a assistir torneios na ESPN e, logo em seguida, me juntei a um grupo de jogadores onde aprendi os fundamentos do poker”.

MP: Como é sua rotina de estudos no poker? Consegue conciliar com a carreira profissional?

Higor: “Durante séries ao vivo, eu geralmente não dedico tempo para estudar de forma tradicional. Em vez disso, eu foco em jogar e apenas anoto os spots onde tenho dúvidas. Após a série, reviso esses momentos específicos e os estudo mais a fundo. Atualmente, dedico a maior parte do meu tempo ao poker e tenho investimentos que me permitem ter mais disponibilidade. Isso facilita meu desenvolvimento no jogo, pois posso me concentrar em melhorar minha habilidade sem me preocupar com outras ocupações”.

MP: Você vem se destacando com ótimos resultados nos torneios australianos, poderia descrever como sente o field daí?

Higor: “A proibição do poker online na Austrália desde 2017 resultou em uma diminuição significativa no volume de jogadores e na prática do jogo. Isso pode ter contribuído para tornar o nível de habilidade dos jogadores australianos, tanto regulares quanto recreativos, relativamente mais baixo em comparação com jogadores de outros países, como o Brasil. Mesmo os regulares que percorrem o circuito australiano podem não ter a mesma experiência e técnica que seus colegas de outras regiões devido à falta de prática online”.

MP: O fato do poker online ser proibido na Austrália não atrapalha sua rotina?

Higor: “Eu vejo isso com aspectos positivos e negativos. O aspecto positivo, como mencionei antes, acaba tornando o campo mais suave, enquanto a parte negativa seria a falta de tantas opções para volume de torneios. Algumas plataformas ainda estão em operação na Austrália e há diversos aplicativos com grupos privados onde acontecem high stacks cash games e mtts”.

MP: Jogar a WSOP e representar o Brasil é uma meta?

Higor: “Com certeza! Sempre foi um sonho poder participar e ganhar um bracelete. Ainda estou trabalhando na ideia de ir para a WSOP este ano. Caso não vá este ano, com certeza no ano que vem estarei lá. Um dos pontos negativos são as taxas que são pagas em caso de ganhos, ao contrário da Austrália, onde não precisamos pagar absolutamente nada”.

MP: Pelo Hendon mob você não possui premiações em torneios brasileiros, já jogou por aqui?

Higor: “Joguei em alguns bares quando era menor de idade, mas na época estava apenas aprendendo as regras basicamente. Após isso, joguei um Gauchão quando recém completei 18 anos, onde, se não me engano, fiquei em 13º lugar”.

MP: Veremos o Higor um dia jogando algum torneio pelo Brasil, uma etapa maior do KSOP ou BSOP?

Higor: “Com certeza, também está nos meus planos. Não vou com muita frequência ao Brasil, mas gostaria muito de jogar uma etapa do BSOP Millions ou a maior etapa do KSOP”.

MP: Por fim, deixa um agradecimento para as pessoas especiais na sua vida.

Higor: “Gostaria de expressar minha profunda gratidão à minha mãe por me proporcionar a oportunidade de viver esse sonho na Austrália e por todo o apoio que ela me deu no meu caminho pelo mundo do poker. Apesar de suas reservas iniciais, ela sempre esteve ao meu lado, oferecendo seu suporte incondicional.

A minha namorada, Bruna Albuquerque, merece um agradecimento especial. Mesmo nos momentos mais difíceis, quando a situação no poker parecia desafiadora, ela nunca deixou de me incentivar e de me lembrar do motivo pelo qual perseguia esse sonho. Quando tomei a decisão de deixar um trabalho bem remunerado no ramo imobiliária, ela esteve lá para me apoiar incondicionalmente. Ter alguém tão próximo que apoia minhas decisões profissionais e pessoais tem sido crucial para o meu sucesso.

Além disso, não posso deixar de mencionar meus amigos próximos da comunidade brasileira na Austrália, Claudio Guilherme e Guiga. Seu incentivo constante e sua presença ao meu lado foram fundamentais para manter minha motivação e determinação ao longo desse percurso.

Queria enviar um abraço e um sentimento de saudade para minha família no Brasil, meu pai, Adriano Seibel, meus Tios Joelma & Juca , minha avó Joana Seibel, meu avô Astor Kist, meu padrasto Eloi Brito e todos os outros. Em breve, estarei aí para revê-los.

Agradeço de coração a todas essas pessoas maravilhosas que tornaram possível a realização desse sonho. Sem o apoio de vocês, certamente não estaria onde estou hoje. E continuarei a honrar essa confiança e apoio, perseguindo meus objetivos com ainda mais determinação e gratidão”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

 

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