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Tô na Área! Apaixonado pelo jogo e pelo processo para se tornar vencedor, Renan Budal desponta para futuro brilhante

Jovem de 22 anos tem um gráfico incrível em seus dois anos de carreira

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Assim como a maioria dos esportes, algumas pessoas parecem ser dotadas de um talento natural para determinadas situações. No poker, a dedicação faz com que o chamado “dom” não seja algo tão fundamental, mas contar com isso a seu favor é algo que todo mundo gostaria de poder contar. E o nosso personagem de hoje é um desses casos.

O jovem Renan Budal, de 22 anos, ainda está em início de carreira. Mas lá, desde o começo, ele já aparentava ser um daqueles casos do qual é fácil de se esperar o sucesso. Uma vida sempre com o esporte ao seu redor pode ajudar a explicar como o jogador se dá tão bem nas mesas online. Natural de Joinville, Renan é corintiano e sempre esteve vivendo o futebol. E a paixão pelo esporte no geral influenciou em todas as áreas:

“Treinei futsal dos 5 aos 14 anos e futebol dos 10 aos 18, sempre conciliando com os treinos e competições, até acabar o ensino médio. Como até então meu pensamento era só nisso, optei por uma faculdade que tivesse relacionada aos esportes, no caso Educação Física. Mas sem muita certeza do queria da vida e pro futuro”, conta. E a incerteza ganhou força quando começou a fazer o curso. Não houve encanto, com as únicas boas lembranças sendo as festas e as amizades.

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Foi a partir disso que o poker acabou ganhando espaço. Budal já conhecia o esporte desde cedo, desde a época do boom trazido pelo título de André Akkari na WSOP. Mesmo com pouco mais de 10 anos, ele via o primo jogando e aprendeu as regras com ele, partindo para alguns home games de brincadeira com amigos já um pouco mais velho. Até então, não havia passado de diversão, mas a faculdade mudou isso.

“Cheguei até a fazer estágio em Educação Física, mas no segundo ano, quando fiquei desempregado, comecei a ter tempo pra grindar poker com uma frequência maior e estudar por conta, com conteúdos gratuitos, coisa que eu já fazia quando completei 18 anos e tinha parado de treinar futebol”, lembra. O jogador conseguiu alguns resultados legais, como um título do Big US$ 5.50 no domingo e, pensando que poderia viver disso, foi incentivado pelo primo a entrar em um time.

“Eu podia aproveitar que era novo, não tinha pressão financeira da parte dos meus pais e já sabia o básico, então eu decidi tentar”, explica. Ele se inscreveu para o Akkari Team, um dos únicos times que ele conhecia e que levava o nome do ídolo, referência até em outras áreas: “admiro tudo o que ele representa pro cenário e também o lado empresarial dele. Acho que jogador de poker sempre tem que pensar em outras rendas pra não ficar refém de um jogo com muitas variantes”, diz.

Budal ainda fazia faculdade na época da inscrição, mas procurava o novo caminho. Em abril de 2019 ele foi aceito e logo que entrou no time, sabia que queria trancar a faculdade e se dedicar integralmente. O problema é que ele perderia um bom tempo se fizesse de imediato, então encontrou saídas. Ele ia pra faculdade e levava o notebook pra “brincar” enquanto estava em aula, treinando com alguns softwares de apoio.

Quando conseguiu, ele trancou o curso e a transição teve o apoio da família. Os pais, inclusive, são as maiores referências do jogador: “minha família sempre me apoiou e deu suporte em tudo. Tenho uma família bem unida, dos avós até os primos, sempre estando juntos. Meus pais me ensinaram tudo o que eu sou hoje. Quando decidi ir de vez pra esse mundo, eles aceitaram tranquilamente e, com os resultados se tornando consistentes, apoiaram 100%”, conta.

Com o tempo todo disponível após parar a faculdade, Renan decolou. O “budalzeira” do PokerStars sabia que tinha uma oportunidade especial em mãos estando no time e fez o possível para aproveitar e evoluir. E ele conseguiu. Seu gráfico é daqueles consistentes, que premiam o trabalho. Mas os resultados maiores também já o acompanham. Ele já foi vice-campeão de um evento da Winter Series, ainda em seu primeiro ano no jogo, e depois em outro da Powerfest.

O vice da Winter Series, inclusive, foi um erro de percurso: “lembro bem desse vice, de ter ficado horas só com essa tela no grind. Foi um grind mal planejado, não façam isso (risos). Mas o resultado me trouxe uma alegria e uma confiança absurda. Mas, no fundo, tem muitas variantes pra isso acontecer e a gente tem que se apegar mesmo é no processo”, fala. E parte do processo é saber que alguns períodos ruins também vão acontecer. Budal, depois das boas vitórias, passou alguns meses sem resultados.

“Eu tive bastante traves importantes, mas você sente que está há algum tempo sem conseguir nada e isso afeta”, revela. O jogador quase precisou passar por um move down, mas pediu uma última chance em um dia e brilhou. Ele cravou um GGMasters Daily, no que se tornou seu maior hit na época, com US$ 7.614. A partir dali, novamente acelerou. Em março desse ano, ele quebrou seu recorde com uma medalha de bronze no ACR para um prêmio de US$ 13.368, corando a nova fase, que teve algumas mudanças.

“Fiz alguns ajustes na rotina, como mudar pro grind noturno e pegar fields mais curtos, com menos regulares e mais recreativos. Essa mudança foi brutal pra mim, senti uma diferença enorme nos torneios e nos meus resultados, números de retas e mesas finais”, explica. Há menos de um mês, Renan voltou a brilhar no GGPoker e ficou com a prata do Sunday Special $ 125, conseguindo seu prêmio máximo até o momento, de US$ 13.615, e uma certeza: a de estar no caminho certo.

Sem poder exagerar nas comemorações por conta da pandemia, Budal hoje prefere ficar com a namorada, os amigos e a família, esperando o momento certo pra voltar a jogar futebol com frequência e acompanhar o Corinthians pelo Brasil. Do lado profissional, ele quer seguir vivendo o sonho: “sendo o mais sincero possível, eu espero continuar vivendo do poker, que é o que amo. Vou manter o trabalho para isso, buscando evoluir mais com essa nova etapa por vir”, reflete.

A nova etapa é mais uma transição. O Akkari Team será incorporado ao Midas Poker Team, iniciando uma nova fase em sua carreira. Mas o time que abriu as portas para o jogador de Joinville sempre será lembrado: “o Akkari Team me mostrou o que era ser profissional de poker, me ensinou tudo que sei e me estabilizou. Eu sou grato a toda equipe. Em especial ao Elias Neto, Giuliano Freitas, Marcus Costa e Hugo Marcelo, que me ensinaram tudo. Vou sentir saudades dos que seguirão outro caminho”.

Pronto para a nova aventura, ele já traça planos para o novo time: “a expectativa é muito grande de poder dar mais um passo na carreira. Quero aproveitar a estrutura do Midas, uma das melhores do Brasil, as pessoas envolvidas ali. Vou procurar evoluir e conquistar ainda mais coisas”, finaliza. O Midas agora tem um grande talento em suas mãos. E espere ler bastante sobre Renan Budal no futuro. Até a próxima!

 

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Jovem de 22 anos tem um gráfico incrível em seus dois anos de carreira

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Tô na Área #58: Nilton Leocadio conta trajetória persistente no poker até resultados de impacto no online

O paranaense teve Alexandre Gomes como um dos primeiros “padrinhos” no poker

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O quadro Tô na Área chega mais uma vez para abrir espaço para um jogador que recentemente brilhou no poker online. Nilton Leocadio satelitou o GGMasters de US$ 150 e terminou campeão do torneio para uma forra de quase R$ 60.000. Mas a estrada até esse big hit chegar foi bastante longa e cheia de curvas até esse momento especial.

Detalhista, Nilton contou tim-tim por tim-tim para o Mundo Poker. Para facilitar a leitura, separamos as falas do jogador profissional por tópicos específicos na ordem cronológica.

Primeiros contatos com o poker

“Cara, os meus primeiros contatos com o poker eu tinha ali por volta dos meus 16, 17 anos. Tinha a família de um amigo meu aqui da minha cidade que eles reuniam no fim do ano e brincavam. A família inteira deles jogava ali o home game e tal. Esse meu amigo, o Vinícius Saliba, hoje em dia faz parte do 4Bet Team. Foi através dele e da família dele ali que eu tive os primeiros contatos com o poker”

“E foi muito assim especial, porque logo quando eu comecei ali a brincar nos home game e tal, aí eu já criei uma conta no PokerStars. Depois eu depositei US$ 10. Na primeira semana que fui jogar cravei um torneio de US$ 2,20. Só sei que deu uma média de 1.000 jogadores e eu cravei. Acho que acho que pagou ali uns US$ 800, alguma coisa assim. E daí eu vi que aquilo ali era pra mim, né? Foi um amor à primeira vista que ficou pregado no coração, aqui na mente, até os dias de hoje”

História com Alê Gomes e a pior bad beat da vida

“Eu ganhei esse torneio aí no PokerStars. E daí, cara, eu simplesmente peguei, vendi meus dólares pro Alexandre Gomes. Ele sempre vinha pra minha cidade. Um dos melhores amigos dele da época era daqui de Tomazina, o Lelê. Os familiares dele são todos daqui. Tomazina é uma cidade pequena, tem 10.000 habitantes, então todo mundo se conhece. Eu sabia que ele (Alê Gomes) era doleiro, ele era referência no poker mundial. Uns 14, 13 anos atrás, ele era a principal referência do poker no Brasil, e se não do mundo, né? Vendi pra ir pra Curitiba jogar um circuito que era R$ 1.000.000 por R$ 250 na época. E também ia ter um High Roller de R$ 3.000. Eu já tinha uma graninha guardada, aí eu vendi mais esses dólares e fui pra Curitiba. Fui lá com os meus R$ 5.000 e eu falei, cara, eu vou enfrentar esses caras, né? Eu quero jogar esse torneio de R$ 3.000. Olha pra você ver a minha cabeça. Com 18 anos querendo jogar um torneio R$ 3.000.

Nesse evento, Nilton conseguiu uma bad beat enorme na semi FT de 88 contra KK, mas depois levou o que considera a pior bad beat da vida. No 5-handed, quando era segundo em fichas, se envolveu contra Alisson Pereira, o chip leader, de AKs contra KJs. O flop veio A52 rainbow, mas o adversário encontrou um runner runner milagroso com J no turn e J no river para deixar Nilton desolado. Ele ganhou algo em torno de R$ 26.000 a R$ 28.000.

“Agora vou vier disso aí, né. Eu lá com quase 19 anos, minha mãe e meu pai com uma pressão gigante em cima de mim para começar a faculdade, trabalhar em outra coisa”. A decisão foi seguir arriscando no poker. “Se eu tive capacidade de quase ser campeão no primeiro torneio ao vivo, se no meu primeiro online eu já cravei e tudo mais, eu achava que era o melhor. Então, começou a subir pra cabeça. Humildade zero ali na época. Aí eu quebrei, né? Esses R$ 28.000 viraram zero. Simplesmente comecei a jogar torneio caro e tudo mais, e veio a variância, me abraçou e eu perdi todo meu dinheiro”.

Resultado marcante e recomeço

“Eu entrei pra faculdade, comecei a fazer estágio na prefeitura aqui da minha cidade, deixei o poker de lado. Só jogava aos domingos, nos finais de semana. Quando eu tava no terceiro ano de faculdade, eu tava jogando no PPPoker. Ganhei uns torneios, fiz uma banca ali de R$ 7, R$ mil e daí comecei a jogar um pouquinho mais caro. Aí rolou um torneio de R$ 200 com add-on, que foi um torneio que pagou R$ 48 mil pro campeão. Eu precisava trabalhar 4, 5 anos na prefeitura para ganhar esse dinheiro”

“Eu tive uma chance de recomeçar fazendo diferente. Então cheguei e conversei com os meus pais, falei ó, agora eu ganhei aqui R$ 48 mil e assim, eu tenho que trabalhar 4, 5 anos para ganhar esse dinheiro, eu não vou desperdiçar meu tempo trabalhando em uma coisa que eu não quero, que é fazendo estágio na prefeitura, eu vou terminar minha faculdade porque vocês querem e eu vou terminar, beleza, mas agora eu vou voltar a viver do porco de novo. Aí eles ficaram loucos de novo”.

Nilton conheceu Thiago Cortez e foi indicado para o Midas Team, mas não conseguiu conciliar o time com o último da faculdade. Depois de formado, Nilton voltou a reencontrar Cortez. “Ele montou um time mais voltado para aplicativos”. Foram quase três anos nessa parceria com direito a um belo resultado de R$ 77.000 na Suprema. No meio do ano passado, o paranaense decidiu buscar se aventurar na carreira solo.

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Carreira solo

Logo no início, Nilton cravou um torneio na Suprema para R$ 104 mil e conseguiu começar a carreira solo de forma tranquila. “Hoje em dia eu grindo por conta própria. Comprei GTO Wizard, tenho grupo de estudo com alguns colegas que manjam muito de HRC. Tenho um grupo com uns meninos de Portugal também que eu conheci em Vegas. Pretendo não entrar para time nenhum nesse momento porque as coisas estão dando certo na minha vida e na minha carreira”.

Big hit satelitado na GGPoker.

Depois de uma downswing de três meses, Nilton abaixou alguns buy-ins. “Esse US$ 150 da GG, eu nunca tinha jogado ele dando o buy-in por conta própria, eu sempre tentava satélite pra ele. Não acho a estrutura tão boa. Peguei um satélite de US$ 15 e já puxei a vaga. Na quinta-feira eu fui pra Sorocaba passar um final de semana com a minha mãe, com a minha família, e meio que até esqueci desse torneio. Eu ia voltar embora no domingo cedo, já sabendo que eu ia grindar e tudo mais, mas assim, sabe, cara, foi surreal, porque eu satelitei o torneio, daí eu já tava jogando um average buy-in mais baixo. As coisas foram dando certo, foram dando certo, e a hora que eu me vi tava na FT, as coisas foram acontecendo, consegui tirar toda a pressão, a ansiedade em cima de mim. Eu pensava, tipo, se eu cair na bolha da FT desse torneio, não vai mudar nada pra mim, se eu cravar, também não vai mudar nada. A minha filha tá aqui, minha família tá aqui, no outro dia eu vou ter que ir pra academia igual, vou tirar os dias de folga igual, não vai mudar nada na minha vida, então comecei a focar nisso, a mentalizar muito isso, tirar toda essa pressão, jogar de lado, e daí as coisas foram dando certo”.

Nilton cravou o torneio e embolsou um belo prêmio de US$ 59.137 depois de acordo. “Repercutiu demais porque eu moro numa cidade minúscula. É até engraçado, ainda tem aquele preconceito, aquele olhar estranho pra você, aquele olhar torto, assim, de julgamento. Só que a minha família em si ficou muito feliz comigo. É o melhor momento da minha carreira”.

Relação com torneios ao vivo

“Eu gosto de jogar live, mas não viajo muito, umas duas vezes por ano no máximo. Meu foco é no online mesmo, ficar em casa, não é de se locomover, pegar carro, estrada. O torneio mais longe que eu cheguei do BSOP foi o Millions foi o que teve logo depois da pandemia. Fiquei em 38º e pagava R$ 1.200.000. Fiz 30 left no Winter Millions ano passado que o Felipe Sena foi campeão. Eu devo ter jogado umas seis ou sete etapas de BSOP e KSOP. Esse ano eu pretendo ir no Winter Millions, BSOP Millions e talvez Camboriú no KSOP”.

Os hobbies de Nilton

“Aqui na minha cidade tem muitas cachoeiras. Campo de futebol, society, campo de areia. Então eu gosto de jogar um societyzinho, um futebol de campo. Gosto de ir para a cachoeira, gosto de desbravar no rio. De fazer churrasco na beira do rio. De ir pescar de bote. Esse é o meu lazer aqui nas minhas horas vagas”

As referências dele no poker

“Eu não vou descartar o Alexandre (Gomes) porque ele foi quem acreditou em mim lá no começo e é meu amigo até hoje, a gente mantém contato, então ele é um dos meus ídolos no poker.  Além dele eu colocaria o Yuri (Martins). O Yuri é um cara sinistro, humilde, coração, ser humano sensacional, inclusive, eu jantei com o Yuri uma vez no BSOP que teve no Costão do Santinho. Ele é muito amigo do Thiago Cortes e eu também sou amigo do Thiago. Não sei nem se ele lembra de mim, mas o Yuri é meu ídolo, acompanho o trabalho dele. Eu sou fã também do Luciano Hollanda, do Midas, então o “Taradinho” também está junto nessa lista”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

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Tô na Área: Paulo Bortolucci, o “Pai do Nuts”, conta o início no poker e ascensão na Twitch: “foi uma surpresa”

O paulista tem como referência o jogador Caio Capistrano

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Paulo Bortolucci
Paulo Bortolucci

A comunidade brasileira na Twitch tem crescido ao longo dos últimos anos e streamers do país tem ganhado o gosto do público. Um deles, sem dúvida, é Paulo Bortolucci, conhecido como o “pai do nuts”. Natural de Cândido Mota, interior de São Paulo, o jogador profissional contou um pouco de sua trajetória para o quadro “Tô na Área” do Mundo Poker.

“Conheci o poker na faculdade através de um amigo. Foi amor à primeira vista com o joguinho”, explica. “A decisão de jogar profissionalmente foi tomada pela perspectiva de uma melhora de qualidade de vida, tanto financeira quanto a ”liberdade” que o jogo nos traz, seja ela no modo como somos autônomos e podemos gerir de maneira livre o nosso negócio”.

Paulo tem como grande referência no jogo um amigo: Caio Capistrano. “Vi como ele cresceu do zero e se tornou um profissional exemplar”, diz. Além dele, o streamer também admira estrelas como Yuri Martins e Caio Pessagno. Fora o poker, ele tem como hobby o xadrez. “Qualquer jogo de cartas e tabuleiro eu gosto muito de jogar. Curto o futsal também”.

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Paulo tem resultados maiores no poker online, mas elegeu o título de um torneio do MicroMillions, do PokerStars, como o mais marcante da carreira. “Eu ainda era um recreativo e foi meio que um choque conseguir levantar uma grande até então grande para mim”. Esse resultado rendeu US$ 3.900 para a conta do ‘Pai do Nuts’”.

Com mais de 6.000 seguidores na Twitch, Bortolucci explicou como foi a decisão de começar a transmitir ao vivo seus jogos. “Entrei em uma fase pessoa onde ocorreu um desânimo na carreira de jogar de poker online. Pelo fato de todo dia estar lá sozinho no grind, senti um vazio e me deu vontade de parar de jogar na época”, relata.

“Tiveram meses onde grindei porque era a única opção, até porque era minha fonte de renda, mas a Twitch veio preenchendo esse vazio. A comunidade fluiu muito natural e cresceu bem rápido. Sinceramente foi uma surpresa, não imaginava que cresceria tanto em tão pouco tempo. Tenho que agradecer a comunidade, muito feliz pelos meus telespectadores e moderadores, acabamos por fortalecer uma amizade”, conta.

Para quem não conhece o canal de Bortolucci, ele explicou como é o seu estilo. “É mais didático pra galera que está iniciando no poker e também rola uma descontração vez ou outra”. Neste ano, Paulo acabou ficando de fora dos indicados para “Melhor Streamer” do Mundo Poker Awards e o site recebeu diversas mensagens da comunidade dele.

“Apesar de ser streamer iniciante, eu tenho um público legal, e isso querendo ou não machuca o ego. Todo mundo é filho de Deus, né?” brinca sobre a ‘injustiça’ da não indicação. No ano passado, Paulo disputou o BSOP Millions e relatou a experiência. “Foi bacana, bem divertido. É uma maneira bem legal de imergir no mundo do poker e conversar ao vivo com a galera que a gente faz amizade no dia a dia e do online. Pretendo, sim, jogar mais lives”.

Por fim, o “Pai do Nuts” respondeu quais são os sonhos da carreira: “continuar crescendo a live e se realizar financeiramente. Que venham muitas retas e resenhas!”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

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Tô na Área: Higor Seibel leva o poker brasileiro ao topo na Austrália e traz curiosidades sobre trajetória: “influência de Yuri Martins”

O gaúcho de Venâncio Aires possui resultados expressivos nos circuitos australianos

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O quadro de entrevistas “Tô Na Área” do Mundo Poker está de volta em 2024 e o quarto convidado da temporada tem uma bela história e representa muito bem o poker brasileiro na Oceania. É Higor Seibel, gaúcho da pequena cidade chamada Vênancio Alires, que desde 2018 vive em Adelaide, na Austrália, e carrega a bandeira brasileira nos principais torneios realizados no país dos cangurus.

Assim como muitos sonham em sair do Brasil e tentar uma vida em outros países, o então entusiasta do poker na época, realizou o que queria após vencer o Mini Sunday Million do PokerStars e se espelhar em uma lenda do poker brasileiro: “decidi fazer um intercâmbio para o país em 2018, aos 19 anos de idade, após ser influenciado por Yuri Dzivielevski, que já havia vivido na Austrália e despertei a curiosidade em conhecer o país e aprender inglês”, contou Higor.

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Com US$ 170 mil em ganhos em torneios ao vivo, todos na Austrália, ele registra ótimos resultados nos diversos circuitos por lá. Como por exemplo vitórias no Main Event da Adelaide Poker Series, Southern Poker Tour, Australian Poker League e, o mais recente deles, no Australian Poker Tour, onde levou $44 mil com direito a um belo hero call registrado em vídeo, que viralizou na comunidade australiana de poker.

Todas essas curiosidades envolvendo rotina de grind, field dos torneios australianos, poker online bloqueado por lá, escolha de ser profissional, intercâmbio e muito mais, Higor contou em uma bela entrevista ao Mundo Poker no quadro “Tô Na Área”.

Confira a entrevista completa com  Higor Seibel para o “Tô na Área”:

MP: Quem é Higor Seibel?

Higor: “Higor Seibel é um brasileiro de 26 anos de Venâncio Aires Rio Grande do Sul que atualmente reside na Austrália. Decidi fazer um intercâmbio para o país em 2018, aos 19 anos de idade, após ser influenciado por Yuri Dzivielevski, que já havia vivido na Austrália e despertei a curiosidade em conhecer o país e aprender inglês. Um momento crucial na minha jornada foi quando eu alcancei o segundo lugar no prestigioso Mini Sunday Million $22, ganhando um prêmio substancial de cerca de US$ 15 mil.

Foi o catalisador para realizar meu sonho de fazer um intercâmbio na Austrália. Com a ajuda financeira da minha dedicada mãe, Luciane Kist, consegui financiar a viagem e se estabelecer em terras australianas. No início da minha estadia na Austrália, enfrentei desafios típicos de um intercâmbio, tendo que conciliar estudos e trabalho em período integral, o que me afastou um pouco do poker por um tempo.

Após algum tempo vivendo na Austrália, consegui conciliar o trabalho com o poker e, embora inicialmente não planejasse voltar a jogar poker em tempo integral, meus resultados consistentes o levaram a pedir demissão do emprego cerca de 16 meses atrás, para se dedicar profissionalmente ao poker”.

MP: Como o poker surgiu na sua vida?

Higor: “Conheci o poker por meio de amigos por volta de 2013 ou 2014, quando começamos a jogar em garagens por apostas de 2 ou 5 reais. Após despertar minha curiosidade, comecei a assistir torneios na ESPN e, logo em seguida, me juntei a um grupo de jogadores onde aprendi os fundamentos do poker”.

MP: Como é sua rotina de estudos no poker? Consegue conciliar com a carreira profissional?

Higor: “Durante séries ao vivo, eu geralmente não dedico tempo para estudar de forma tradicional. Em vez disso, eu foco em jogar e apenas anoto os spots onde tenho dúvidas. Após a série, reviso esses momentos específicos e os estudo mais a fundo. Atualmente, dedico a maior parte do meu tempo ao poker e tenho investimentos que me permitem ter mais disponibilidade. Isso facilita meu desenvolvimento no jogo, pois posso me concentrar em melhorar minha habilidade sem me preocupar com outras ocupações”.

MP: Você vem se destacando com ótimos resultados nos torneios australianos, poderia descrever como sente o field daí?

Higor: “A proibição do poker online na Austrália desde 2017 resultou em uma diminuição significativa no volume de jogadores e na prática do jogo. Isso pode ter contribuído para tornar o nível de habilidade dos jogadores australianos, tanto regulares quanto recreativos, relativamente mais baixo em comparação com jogadores de outros países, como o Brasil. Mesmo os regulares que percorrem o circuito australiano podem não ter a mesma experiência e técnica que seus colegas de outras regiões devido à falta de prática online”.

MP: O fato do poker online ser proibido na Austrália não atrapalha sua rotina?

Higor: “Eu vejo isso com aspectos positivos e negativos. O aspecto positivo, como mencionei antes, acaba tornando o campo mais suave, enquanto a parte negativa seria a falta de tantas opções para volume de torneios. Algumas plataformas ainda estão em operação na Austrália e há diversos aplicativos com grupos privados onde acontecem high stacks cash games e mtts”.

MP: Jogar a WSOP e representar o Brasil é uma meta?

Higor: “Com certeza! Sempre foi um sonho poder participar e ganhar um bracelete. Ainda estou trabalhando na ideia de ir para a WSOP este ano. Caso não vá este ano, com certeza no ano que vem estarei lá. Um dos pontos negativos são as taxas que são pagas em caso de ganhos, ao contrário da Austrália, onde não precisamos pagar absolutamente nada”.

MP: Pelo Hendon mob você não possui premiações em torneios brasileiros, já jogou por aqui?

Higor: “Joguei em alguns bares quando era menor de idade, mas na época estava apenas aprendendo as regras basicamente. Após isso, joguei um Gauchão quando recém completei 18 anos, onde, se não me engano, fiquei em 13º lugar”.

MP: Veremos o Higor um dia jogando algum torneio pelo Brasil, uma etapa maior do KSOP ou BSOP?

Higor: “Com certeza, também está nos meus planos. Não vou com muita frequência ao Brasil, mas gostaria muito de jogar uma etapa do BSOP Millions ou a maior etapa do KSOP”.

MP: Por fim, deixa um agradecimento para as pessoas especiais na sua vida.

Higor: “Gostaria de expressar minha profunda gratidão à minha mãe por me proporcionar a oportunidade de viver esse sonho na Austrália e por todo o apoio que ela me deu no meu caminho pelo mundo do poker. Apesar de suas reservas iniciais, ela sempre esteve ao meu lado, oferecendo seu suporte incondicional.

A minha namorada, Bruna Albuquerque, merece um agradecimento especial. Mesmo nos momentos mais difíceis, quando a situação no poker parecia desafiadora, ela nunca deixou de me incentivar e de me lembrar do motivo pelo qual perseguia esse sonho. Quando tomei a decisão de deixar um trabalho bem remunerado no ramo imobiliária, ela esteve lá para me apoiar incondicionalmente. Ter alguém tão próximo que apoia minhas decisões profissionais e pessoais tem sido crucial para o meu sucesso.

Além disso, não posso deixar de mencionar meus amigos próximos da comunidade brasileira na Austrália, Claudio Guilherme e Guiga. Seu incentivo constante e sua presença ao meu lado foram fundamentais para manter minha motivação e determinação ao longo desse percurso.

Queria enviar um abraço e um sentimento de saudade para minha família no Brasil, meu pai, Adriano Seibel, meus Tios Joelma & Juca , minha avó Joana Seibel, meu avô Astor Kist, meu padrasto Eloi Brito e todos os outros. Em breve, estarei aí para revê-los.

Agradeço de coração a todas essas pessoas maravilhosas que tornaram possível a realização desse sonho. Sem o apoio de vocês, certamente não estaria onde estou hoje. E continuarei a honrar essa confiança e apoio, perseguindo meus objetivos com ainda mais determinação e gratidão”.

Confira o Episódio #61 do Poker de Boteco com Camila Kons:

 

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