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Blog do Montanha de Cartas

Senhor dos anéis, Gui Moura fala sobre amizade, ghost e controle financeiro no poker: “Eu já torrei tudo várias vezes”

O sócio do Step Team possui dois anéis da WSOP Circuit e comanda o QG do time

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Veterano no jogo, Guilherme Moura já conquistou duas vezes uma honraria que muitos profissionais almejam. Ele é dono de dois anéis da WSOP Circuit, o primeiro conquistado em 2016 na Grand Final Millionaria, onde garantiu a forra de US$ 542.683. Já o segundo foi no ano passado, após de triunfar sobre um field de 233 entradas e ficar com o lugar mais alto do pódio no US$ 1.100 NLH KO, faturando US$ 25.000.

Mesmo com tantas conquistas importantes, o jogador deixou claro em entrevista ao Baralho Pergunta, do Blog Montanha de Cartas, que trocaria esses títulos por algo especial. Em outubro de 2003, quando ele estava prestes a se formar na faculdade de direito, um acidente de carro ainda deixa marcas no jogador.

“Eu já perdi amigos por acidente de trânsito e vou te falar que… Se eu pudesse trocar não seria campeão de nada e continuaria com ele aqui”, disse Gui Moura visivelmente emocionado.

De acordo com o Hendon Mob, ele possui US$ 604.878 em ganhos somente nos torneios ao vivo, mas o currículo de Gui também conta com outros resultados no online, por isso é sempre importante um controle financeiro adequado, algo que ele acredita só ter adquirido depois que uma certa pessoa apareceu na vida dele.

“Eu já gastei tudo, já torrei tudo várias vezes. Meu irmão costumava dizer que eu era aquele cara do filme ‘O Auto da Compadecida’; fica rico, fica pobre… Uma hora eu estava com muito dinheiro, outra hora eu não estava com nada. Depois que eu conheci a Cássia, minha esposa, eu não torrei tudo pelo menos, entendeu?”, explicou.

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Guilherme hoje comanda o QG do Step Team em Tatuí, no interior de São Paulo, onde jogadores promissores do cenário nacional como Olivio Gontijo, o Bigfatfat, e outros vivem e respiram poker o dia todo e é com a ajuda deles que o craque se mantem atualizado, mas sempre mantendo uma máxima da equipe.

O ghost, pratica bastante comum no jogo online, e que consiste em um jogador mais experiente de alguma forma assumir o torneio de outro não acontece no Step Team. Thiago Grigoletti, outro sócio da equipe já tinha falado sobre esse assunto no Baralho Pergunta e agora foi a vez do Gui Moura, mas os comentários dele você confere somente assistindo a entrevista.

Já aproveita que vai clicar no vídeo abaixo e inscreva-se no canal do Montanha de Cartas no youtube, acessando www.youtube.com/montanhadecartas. Toda terça-feira às 20h vai ter vídeo novo, o próximo é com um jogador que se deu bem em 2020.

O texto dessa semana é dedicado ao jogador Tony Baggio, falecido essa semana. Conheci ele quando ainda estava jogando meus primeiros torneios e sempre foi um sujeito simpático. Dividíamos a paíxão pelo Corinthians e o baralho. Descanse em paz.

O sócio do Step Team possui dois anéis da WSOP Circuit e comanda o QG do time

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Opinião: qual o real valor de um bracelete online diante daquele obtido no presencial?

Até o momento o Brasil tem 14 braceletes, oito deles foram no online

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Que começo de WSOP Online para os brasileiros hein. Em duas semanas foram quatro títulos, além de varias traves. Não tem como não lamentar as medalhas de prata do Renan Bruschi e do Felipe Mojave. O embaixador da GGPoker inclusive atraiu milhares de espectadores no canal dele na Twitch durante mais de 12 horas de transmissão, eu fui um desses, invadi a madrugada de uma segunda-feira na torcida pelo papaizinho.

Mas todo esse sucesso tupiniquim gerou um debate que anda inflamando muitas transmissões, até mesmo as do MundoTV ou do programa Depois do River. Até que ponto o ganhador de um bracelete online pode se considerar campeão mundial? A joia conquistada de forma presencial vale mais do que a obtida atrás de uma tela de computador?

Esses dias ouvi um comentário muito interessante sobre o assunto do nosso editor-chefe, Ytarõ Segabinazzi. Ele disse algo mais ou menos no sentido de que o bracelete online é como se fosse o coelhinho da páscoa ou o papai Noel. Se a pessoa acreditar que ele vale um título mundial, então a conquista tem esse valor, do contrário, se torna folclore, ou apenas história.

Pode até parecer piada, mas o que disse o big boss do Mundo Poker é uma grande verdade absoluta, não tem como fugir isso. O valor histórico de uma conquista quem faz é o próprio ganhador e toda a comunidade. Só não dá para negar que existem diferenças cruciais entre um bracelete obtido em Las Vegas e outro no online.

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Uma vez um conhecido profissional do poker me apresentou uma comparação entre o jogo com o monitor, mouse e teclados e aquele que envolve o tradicional baralho de papel ou plástico, o barulho das fichas e crupiês uniformizados. Para ele o online era como se fosse o futsal e o live o futebol de campo. Os dois esportes são basicamente o mesmo, mas ninguém quer unificar os títulos conquistados nas quadras com os do gramado, não é mesmo?

Também é muito possível e provável um craque do futsal se dar bem também no campo, ou vice-versa. Uma coisa não foge da outra, tá aí o Erik Seidel faturando quase US$ 1 milhão no online e a maioria dos prêmios dele sempre foram no live. A evolução do jogo bateu na porta de todo mundo, ainda mais em tempos pandêmicos, o joguinho no computador se fez obrigatório para aqueles que vivem do baralho.

Contudo, não dá para negar o charme e o poder midiático por trás de uma WSOP presencial. A fantástica estrutura do Main Event, o salão lotado, as personalidades marcantes do esporte, os banners com os grandes campeões e aquele monte de notas em cima da mesa no heads-up formaram gerações inteiras de atletas da mente.

Não existe uma resposta certa para as questões desse texto. Não dá para tirar o mérito de quem forra pesado na WSOP Online. Eles são sim campeões mundiais. Mas como diz o Bruno Henrique do Flamengo, o presencial ainda é “oto patama”. No humilde ponto de vista deste que vos escreve cada um tem um valor distinto, mas todos são conquistas louváveis, ainda mais vindas de um país que ainda sofre preconceito com o poker.

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Confira o episódio #15 do Depois do River:

 

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Admirável mundo novo do poker. Uma utopia do nosso joguinho, inspirada no clássico livro inglês

O poker sem frustrações ou injustiças

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Montagem com a foto da série "Admirável mundo novo"

Atenção! Antes de começar a ler essas linhas é preciso um aviso. Esse texto é uma loucura total sem muito fundamento e obviamente não estou querendo mudar as regras do poker. O motivo de batucar essas palavras é apenas traçar um paralelo do nosso joguinho com o livro inglês “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, publicado em 1932 e que recentemente ganhou uma série televisa disponível na plataforma de streaming Globoplay.

Esse inspirador romance se passa na fictícia Nova Londres no ano de 2.540. Uma sociedade distópica vive sem frustrações, com classes bem definidas, muita tecnologia e apenas duas regras: não existe privacidade e nem monogamia. A grande arma pra acabar com qualquer revolta ou sentimento ruim é o medicamento “soma”. Um simples comprimido e qualquer sentimento ruim evapora.

Imagina se tivesse esse tal “soma” em um torneio de poker? Os jogadores teriam que tomar um atrás do outro porque não existe atividade mais frustrante do que uma competição dessa. Já partimos do principio que a bolada mesmo quem vai ganhar é só um entre todos os atletas da mente inscritos e isso por si só já deixa o funil mais apertado impossível.

Só que até este momento tudo bem, faz parte, é normal, o campeão merece mesmo levar a grande fatia do bolo, mas e as injustiças que o baralho proporciona no meio do caminho? Para evitar o uso do “soma’, algumas regrinhas poderiam ser ajustadas no nosso joguinho e a primeira delas é polêmica.

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Obviamente no Texas Hold´em vence a mão aquele que formar a melhor combinação com cinco cartas, mas não dá uma raiva quando você tem três pares e o adversário só dois e mesmo assim ele ganha? Pra mim dá. Se tivesse “soma” eu tomaria logo uns três quando isso acontece, por isso chega! No admirável mundo novo do poker três pares vão sim ganhar de dois pares!

Ah e quando o assunto é frustração nada maior do que aquele all in pré flop onde você está na frente e acaba perdendo. Seja aquela mão que você tem 60%, 70% ou 80% de chances de ganhar. No final, tá lá, as cartas do adversário que tinha menor probabilidade de vencer deitam no feltro da mesa como se fossem facas no nosso peito.

Sacanagem! Para acabar com isso seria perfeito se essas mãos não existissem board. All in pré- flop desse novo jeito seria assim: mostram-se as cartas e acabou, quem tá na frente ganhou. Se for um coin flip honesto, daqueles QQ x AK divide as fichas e vai pra próxima rodada, chega de bad beat. No futuro vamos economizar muito “soma” jogando desse jeito.

Outra coisa que me irrita é aquelas jogadas onde todas as fichas vão pro centro da mesa e um tem A2 e o outro A3 por exemplo. Poxa, uma mão dessas tem que terminar empatado. É injusto alguém ganhar ou perder uma parada dessas. Segue a mesma dinâmica do coin-flip. Empate! Vamos jogar mais o pós-flop gente!

Tudo bem até admito que esse texto é coisa de queimado, mimimi de jornalista frustrado que não virou jogador de poker. Mas se for pra pregar um mundo mais justo que ele comece no nosso poker. Já pensou se o joguinho fosse assim? Será que ele seria tão apaixonante como é?

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O outro lado da notícia. Assista a entrevista do Blog Montanha de Cartas para a Rádio Poliesportiva

Projeto que promete dar voz a todos os esportes concede espaço ao poker

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No final do mês passado recebi um convite do jornalista Eric Filardi através da minha conta no instagram para dar uma entrevista. Se você que leu a frase anterior ficou surpreso, imagina como foi a minha reação.  De imediato a ideia pareceu no mínimo inusitada, afinal, estou acostumado a entrevistar e não a ser entrevistado. O que será que queriam ouvir de mim? Será que tenho uma história boa para contar? Quem são os loucos que queriam me entrevistar?

Tantas perguntas, mas vamos as respostas. A tal da entrevista que fui convidado era uma live da Rádio Poliesportiva, um projeto que promete dar voz a todos os esportes. Já vi muitos veículos de comunicação utilizar um slogan desses e não dar a mínima para o poker, mas dessa vez foi diferente. Só o fato deles darem espaço para alguém que trabalha com o nosso joguinho demonstra seriedade, por isso logo confirmei o bate papo, mas não demorou e veio a insegurança.

Trocar de lado assim não é uma coisa tão fácil. Acostumado a ficar do outro lado da notícia, relatar os fatos, entrevistar, editar, eu realmente não sabia o que estaria por vir e tenho certeza que não sou o melhor representante da imprensa do poker nacional para dar uma entrevista dessas. Aqui mesmo no Mundo Poker temos o nosso editor-chefe Ytarõ Segabinazzi e o Guilherme Schiff com muito mais bagagem no assunto do que eu.

Mas também não posso me desvalorizar, como me disse uma vez o Igor Federal, então presidente da CBTH, um tijolinho na história do poker eu coloquei. O Blog Montanha de Cartas existe há seis anos e contribuiu com a inclusão do nosso joguinho na TV aberta, quando eu ainda trabalhava na emissora paulista TV Gazeta.

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Também foi neste espaço que em 2019, relatei as aventuras nas Bahamas, onde estive a convite do PokerStars para cobrir o primeiro – e até o momento único – PSPC PokerStars Players Championship. Lá entrevistei o Daniel Negreanu, conheci Chris Moneymaker, jantei ao lado do Erik Seidel e acompanhei ali de pertinho a saga do Pedro Padilha, eliminado bem perto da mesa final daquele imenso torneio.

No ano passado, ao lado da Mayza Basso, criamos o Baralho Pergunta, uma série de entrevistas inovadoras onde os principais nomes do cenário do poker nacional passaram. Teve bate papo com o André Akkari, Felipe Mojave, Brunno Botteon, Leo Mattos, Carol Dupre, Milene Magrini e muitos outros.

Opa, então espera um pouquinho. História para contar eu tenho bastante. Sobre poker e jornalismo esportivo, afinal, além do Blog que escrevo por prazer, já passei por algumas redações, trabalhando sempre com o esporte e aprendendo com os melhores, como o mestre Michel Laurence.

E foi justamente nessa pegada de poker e jornalismo esportivo que fui surpreendido pela impecável condução do jornalista Gabriel Max na live da Rádio Poliesportiva na última segunda-feira (19). Em um clima bem descontraído contei as histórias desse espaço e da minha carreira no jornalismo.

Se você se interessou, confere o bate papo, dividido em duas partes.

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