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Na luta pelo Main Event da WSOP, João Fera analisa concorrência e conta reação com um out: “o famoso pulo da cadeira”

O craque do Samba Team conversou sobre as peculiaridades da reta final

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Com uma longa estrada no esporte da mente, João Fera está prestes a viver o capítulo mais importante de sua trajetória. O jogador paulista é um dos três brasileiros classificados entre 38 no total para o Dia Final do Main Event da WSOP Online, o maior torneio da história dos feltros virtuais. A decisão rola no próximo sábado (05).

Pilotando a conta “Petronio”, o sócio do Samba Team ficou grande parte do Dia 2 do torneio entre os líderes e terminou com o 10º maior stack. João contou para o Mundo Poker que já brindou logo depois de classificar no torneio. “Quando acabou eu abri una cerveja pra manter a tradição dos live. Passou de dia, tem que tomar uma antes de dormir”, brincou.

João está vivendo um dos melhores anos de sua carreira, com muita regularidade e beliscando grandes prêmios como fez no Main Event da Turbo Series e no SCOOP deste ano. Como o Main Event da WSOP vai pagar US$ 3.904.685, o maior de todos os tempos do online, Fera tenta segurar a empolgação e a ansiedade.

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“Acho importante trabalhar a mente pra deixar as expectativas, que sempre vão existir, num nível mais baixo”, falou. “Pra falar a verdade eu não tô mudando muita coisa da minha rotina. Acho que continuar ocupado e manter minha mente pensando em poker é o melhor que faço”, disse o profissional.

“Eu tô tratando da seguinte forma: Já estou em uma posição privilegiada aqui, o que vier é lucro. Dar meu melhor e aproveitar o momento é o que tenho que fazer. E ser grato aconteça o que acontecer, que é algo que eu repito quase que diariamente”

É claro que seria inevitável perguntar para Fera da mão mais importante do Dia 2. O paulista viu de pertinho a chance de ser eliminado em um cooler surreal, um set over set no flop. Os deuses do baralho ajudaram o craque a encontrar um out no river. “Aquilo foi um absurdo. Minha reação foi o famoso pulo da cadeira (risos), não é toda hora que isso acontece e ainda mais numa reta final gigante como essa”, contou fera.

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Fera também fez um balanço da concorrência do torneio. Ele terá rivais renomados como Benjamin Roller, Bryan Piccioli, Dinesh Alt, Jonas Lauck, Michael Lech e Samuel Vousden, só para citar alguns. “Tá diversificado, eu diria. De fato tem muitos jogadores competentes vivos e numa estrutura que é bem boa. Ninguém vai ter vida fácil, sem dúvida”, analisou.

João já garantiu um bom prêmio de US$ 39.214, mas pode terminar o sábado com uma história única para o poker brasileiro.

Confira o papo completo com o craque:

MP: Como que foi terminar esse domingo de grind com a missão cumprida de estar classificado para o Dia Final do torneio online mais importante da história?

Fera: Foi uma sensação bem legal. Engraçado que eu fui muito mal nos demais torneios do domingo, não vi a cor da bola. Ficou tudo para o que mais interessava (risos). Mesmo sabendo que ainda tá longe, foi uma sensação diferente sim. E quando acabou eu abri una cerveja pra manter a tradição dos live. Passou de dia, tem que tomar uma antes de dormir.

MP: A reta final trouxe altas emoções pra você, inclusive, até acertando um milagre de um out num cooler bizarro. Como que foi sua reação naquela hora?

Fera: Cara, aquilo foi um absurdo. Tô até agora tentando entender como o cara apareceu com o TT ali, era muito, mas muito improvável, pela forma que a mão foi jogada. Minha reação foi o famoso pulo da cadeira (risos), não é toda hora que isso acontece e ainda mais numa reta final gigante como essa. Ainda teve a filada do river pra dar mais emoção ainda, quando eu vi o naipe e as pintas certas eu nem acreditei (risos).

MP: Sabemos que ainda tá longe, mas é diferente jogar cada spot em um torneio que lá na frente paga tanto dinheiro? Muda alguma ação?

Fera: Não deveria, principalmente agora que ainda tem 38 jogadores e tal. Quando vai afunilando é natural que qualquer jogador acabe tomando linhas mais seguras, de menos variância, digamos assim. Mas disso pra acabar jogando mal e abrir a porta pra ser explorado é um pulo. Por outro lado, dependendo da mesa que estiver, stacks e sentindo que os jogadores estão nessa pegada mais segura, apertar pode ser o caminho. Com certeza tem suas peculiaridades uma reta como essa.

MP: Como que fica nesses dias de espera? Vai fazer algum tipo de preparação específica?

Fera: Pra falar a verdade eu não tô mudando muita coisa da minha rotina. Segunda mesmo eu joguei, tinha Dia 2 de outro torneio, joguei os WCOOPS e etc. Devo jogar quarta e quinta também e na sexta dar coach pra uma turma do Samba. Claro que vou ter meus estudos e provavelmente dar uma reforçada em algo de retas finais ali… mas praticamente manter a rotina. Acho que continuar ocupado e manter minha mente pensando em poker é o melhor que faço

 MP: O que você pode falar do field do torneio? Tem alguns caras famosos na luta tipo o Benjamin Rolle, Jonas Lauck, Piccioli e outros….

Fera: Tá diversificado, eu diria. Tem jogadores que são bem das antigas, jogadores que são mais “atuais”, alguns que jogam mais live e alguns recreativos também. Mas de fato tem muitos jogadores competentes vivos e numa estrutura que é bem boa. Ninguém vai ter vida fácil, sem dúvida.

MP: Já parou pra pensar se ia mudar algo na sua vida em caso de um título ou um top 4 no torneio?

Fera: Se eu disser que não parei pra pensar no título e no que mudaria, eu vou estar mentindo. Mas sinceramente eu tô tentando pensar o menos possível nisso e realmente tenho pensado pouco. Acho importante trabalhar a mente pra deixar as expectativas (que sempre vão existir) num nível mais baixo.

Eu tô tratando da seguinte forma: Já estou em uma posição privilegiada aqui, o que vier é lucro. Dar meu melhor e aproveitar o momento é o que tenho que fazer. E ser grato aconteça o que acontecer, que é algo que eu repito quase que diariamente. E quem me segue nas redes sociais sabe.

O craque do Samba Team conversou sobre as peculiaridades da reta final

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Parker Talbot, o “tonkaaa”, vence o High Roller do Irish Open e conquista primeiro torneio ao vivo após espera de 4.363 dias

O canadense festejou muito com uma forra de € 134.279

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A jornada de um jogador de poker até o triunfo máximo de ganhar um importante torneio de poker pode ser árdua, muito dura e resiliência. O canadense Parker Talbot, mais conhecido como “tonkaaa” que o diga. Membro do Team PokerStars Pro, ele está há anos no cenário e já conquistou muitos torneios online, porém, a vitória nos feltros ao vivo não vinha. Porém, isso acabou na última noite, com o título no High Roller do Irish Open.

Foram cerca de 4.363 dias de espera, 11 anos desde o seu primeiro resultado registrado no Main Event do EPT Berlim em 2012, se tornar na primeira conquista ao vivo da carreira do “tonkaaa”. Para isso, o profissional canadense derrotou um qualificado field de 111 entradas no Luxon Pay € 5.000 High Roller 8-Max e ficou com o prêmio máximo de € 134.279.

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A cravada veio em uma mesa final recheada de jogadores conhecidos do cenário europeu. Como por exemplo, o irlandês Padraig O’Neill, que venceu o EPT Praga no fim de 2023, e Bert Stevens, o popular “girafganger7”, sócio da Pocarr, que é o atual campeão do Main Event da WSOP Online, conquista histórica transmitida na Twitch.

Parker teve uma bela atuação na mesa final e venceu o torneio contra o irlandês Fergal O’Cathain. Na mão final, com dois pares de no flop ele conseguiu que o adversário engatasse em um all in com . O turn foi logo um que deu a vitória para “tonkaaa” com o river só cumprindo tabela.

Confira a premiação da mesa final:

1º – Parker Talbot (Canadá) – € 134.279

2º – Fergal O’Cathain (Irlanda) – € 86.635

3º – Padraig O’Neill (Irlanda) – € 61.885

4º – Roope Tarmi (Finlândia) – € 47.605

5º – Ian Drake (Ilha de Man) – € 36.615

6º – Bert Stevens (Bélgica) – € 28.165

7º – Jamie Dwan (Reino Unido) – € 22.530

8º – Narcis Olaru (Espanha) – € 18.025

9º – Jani Tuovinen (Finlândia) – € 15.020

Parker Talbot

Confira o MundoTV Cast #58 com Mateus Carrión

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MundoTV Cast #59: Felipe Sena relembra início do poker com referência do avô, comenta big hits e fala sobre 4Bet Hunters

O jogador foi o vencedor do prêmio Mundo Poker Awards na categoria Feito do Ano

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Felipe Sena

 

Durante o mês de janeiro e início de fevereiro, o MundoTV Cast desembarcou no Rio de Janeiro e teve vários episódios gravados no KSOP GGPoker South America. E um dos convidados foi Felipe Sena, jogador da baixada santista que bateu um papo com o conterrâneo Guilherme Schiff, jornalista do Mundo Poker e anfitrião do programa.

Figura importante do 4Bet Poker Team, onde é sócio da turma “Hunters”, Felipe Sena teve um ano espetacular, principalmente no mês de julho, onde venceu de forma seguida dois anéis da WSOP Circuit na GGPoker e, na sequência, o Main Event do BSOP Winter Millions. Feito que o credenciou como vencedor do Mundo Poker Awards 2023.

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Felipe que marcou presença em várias etapas do circuito, elogiou bastante a estrutura oferecida pelo KSOP GGPoker South America. Logo no começo, Felipe falou sobre a presença do avô Sr. Sena, uma das lendas do poker santista, responsável por toda a criação de Felipe após o grinder perder o pai com apenas seis anos e, consequentemente, o introduziu ao poker.

Entre os assuntos abordados por Guilherme Schiff, Felipe Sena falou sobre o poker em geral, primeiras referências no jogo, cenário de poker ao vivo, amigos de Santos, 4Bet Poker Team, turma Hunters no BSOP Millions e muitos outros assuntos.

Confira o MundoTV Cast #59 com Felipe Sena:

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Qualidade sobre quantidade? Daniel Negreanu tem início de ano arrasador após mudança de hábitos

O canadense vem tendo um início de ano muito positivo

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Daniel Negreanu
Daniel Negreanu

 

US$ 2.228.174. Esse foi o prejuízo de Daniel Negreanu ao longo do ano de 2023. O craque canadense, que costuma tornar públicas várias de suas informações acerca de sua carreira no poker, teve no ano passado o pior de sua carreira e prometeu uma forte mudança de hábitos para garantir que o resultado negativo não fosse repetido.

A depender de sua participação nos eventos da PokerGO Tour até o momento, seu objetivo de priorizar qualidade sobre quantidade está sendo muito bem alcançado: o canadense já registrou múltiplos títulos e muitas outras mesas finais em diferentes modalidades.

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Para se ter uma ideia, Negreanu chegou no top 6 em todos os seis últimos torneios que alcançou a zona de premiação – nesse ano, ele só não chegou entre os sete primeiros em 2/11 torneios em que alcançou o ITM. São duas cravadas, dois vices no heads-up e quatro forras acima de US$ 100.000 nos torneios que participou. Menos entradas, mais consistência.

Embora Negreanu tenha focado seus primeiros meses do ano em participação no PokerGO Tour, ele já anunciou também que seu foco na WSOP será diferente dos próximos anos, com menos torneios disputados e sem o objetivo de ser considerado o Jogador do Ano da WSOP. Ainda tem muita água pra rolar, mas ao menos nas primeiras impressões, parece que o plano para sair do vermelho tem dado bastante certo.

Confira o MundoTV Cast #58 com Mateus Carrión

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