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Você sabia? Thiago Crema acertou um hero call épico com 8 high em 2013; craque explica a linha de raciocínio

O jogador do 4bet Team lembra direitinho da decisão dessa jogada

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Jogadores de poker jogam milhares de mãos todos os dias. Imagina o quanto essa turma que já tem perto de uma década de carreira no online tem de base. Mesmo assim, algumas jogadas são marcantes para o resto da vida. Uma dessas que marcou a carreira do craque Thiago Crema aconteceu em dezembro de 2013 e foi resgatada pelo Mundo Poker!

A mão aconteceu ainda no early game do extingo Sunday Rebuy do PokerStars, com buy-in de US$ 109. Nos blinds 40 / 80, depois de mini-raise do argentino Nacho Barbero, na época Team Pro do site, os jogadores do cutoff e do small blind pagam e Crema defende o big blind com . O flop apareceu e o paranaense opta por dar um lead de 320 fichas. Só o jogador do cutoff paga. Ele fica com 1.520 fichas depois do call. Crema tem mais que o triplo dele.

O turn vem e os dois jogadores dão check. O river dobra o board de novo com o e não completa o flush. O brasileiro dá mais um check e o rival aposta 1.040 fichas, deixando 480 para trás. A jogada deixa Crema desconfiado. Ele recapitula tudo o que aconteceu e chega a conclusão que o 8 high pode ser bom. Ele paga… e acerta! (confira a mão visualmente clicando aqui).

Prestes a completar sete anos, o Mundo Poker conversou com Thiago Crema e fez uma incrível análise sobre a jogada. Também contou o que faria de diferente hoje em dia. Confira na íntegra:

A memória do craque anda em dia!

“Quando eu vejo uma mão tão antiga como essa, fazem quase sete anos, é meio preocupante pensar em alguns conceitos e de ter jogado a mão de uma maneira muito errada, mas a parte do pré-flop foi muito tranquila. Defender multiway contra três jogadores, qualquer mão suited vai ser tranquila de defender.

O flop é uma street que hoje em dia eu com certeza jogaria diferente. A gente até pode ter alguns leads em boards multiways assim, principalmente alguns um pouquinho mais conectados do que esse, mas que nessa profundidade eles nunca seriam mãos como flush draw. Seriam mais mãos como gutshot, uma mão tipo T8, que não quer dá check call, check fold, alguns cenários não quer dar check-raise também. Essas mãos normalmente são as mais adequadas.

Nessa mão eu acabei liderando flush draw. Se fosse um draw mais forte, até poderia fazer um pouco mais de sentido. Essa sim seria a street que claramente eu jogaria de maneira diferente hoje em dia.

A partir do momento que eu dou lead nesse flop e tomo call daquele jogador, devido à profundidade do stack dele, as mãos que ele vai me pagar seriam A high, quando ele paga com AJ, AT com backdoor, esse tipo de mão vai pagar. Pode ter tipo 78 suited, mas a maior parte são as mãos com par: 65 naipado, 44, A3, 77, esse tipo de mão que naquela época o pessoal flatava bastante ao invés de fazer qualquer outra coisa.

Só que quando ele dá check nesse turn, mãos que poderiam pagar o flop como QJ com backdoor ou flush draw, QT, essas mãos eu já descarto um pouco porque provavelmente apostaria baixo ou no caso do flush draw já daria raise flop. Quando ele paga flop e dá check atrás no turn, ele dificilmente vai ter um 9, dificilmente vai ter um 6. Vai ter muitas vezes A high e os pocket pairs baixos assim como 75 naipado, 45 naipado. Pagavam muito naquela época.

O grande lance da mão tá quando bate esse river, o 9. Quando eu dou check, ele sempre vai dar check atrás com A high porque tem valor de showdown e não tem porque apostar. Ele nunca teria um possível K high, que hoje em dia todo mundo daria check também, mas antigamente talvez o pessoal blefasse, porque não tem nenhuma mão com K high que ele paga flop sem ser flush draw. E se fosse flush draw ele teria dado shove.

O que sobra, basicamente, seria um 9 que deu check no turn, um 6 que deu check no turn, que são poucos combos. Ele não vai ter tanto dessas mãos pagando, porque às vezes dá raise flop ou no caso do 6 aposta baixo no turn, etc.

Quando ele aposta aquele valor ali, sobra muitas vezes os pares que perderam seu valor completo, mãos com 45 suited, 75 suited e o 78 com o qual eu estaria empatando. Então, a frequência que eu preciso estar certo naquela situação não é tão alta considerando esses combos de possíveis bluffs.

Claro que outra opção ali no river seria eu dar all in e fazer o cara foldar talvez algum possível bluff melhor que minha mão. Como eu vi que a diferença das duas jogadas não é muito grande, eu acabei dando o call até pela glória de poder dar risada se eu acertasse ou pra dar risada se eu errasse. Mesmo sabendo que o all in era uma opção muito parecida em termos de EV, eu optei pelo call e acabou que deu certo”.

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O jogador do 4bet Team lembra direitinho da decisão dessa jogada

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Parker Talbot, o “tonkaaa”, vence o High Roller do Irish Open e conquista primeiro torneio ao vivo após espera de 4.363 dias

O canadense festejou muito com uma forra de € 134.279

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A jornada de um jogador de poker até o triunfo máximo de ganhar um importante torneio de poker pode ser árdua, muito dura e resiliência. O canadense Parker Talbot, mais conhecido como “tonkaaa” que o diga. Membro do Team PokerStars Pro, ele está há anos no cenário e já conquistou muitos torneios online, porém, a vitória nos feltros ao vivo não vinha. Porém, isso acabou na última noite, com o título no High Roller do Irish Open.

Foram cerca de 4.363 dias de espera, 11 anos desde o seu primeiro resultado registrado no Main Event do EPT Berlim em 2012, se tornar na primeira conquista ao vivo da carreira do “tonkaaa”. Para isso, o profissional canadense derrotou um qualificado field de 111 entradas no Luxon Pay € 5.000 High Roller 8-Max e ficou com o prêmio máximo de € 134.279.

LEIA MAIS: MundoTV Cast #55: Diego Ventura comenta carreira e relação com o Brasil, fala sobre a GGPoker e relembra resultados expressivos

A cravada veio em uma mesa final recheada de jogadores conhecidos do cenário europeu. Como por exemplo, o irlandês Padraig O’Neill, que venceu o EPT Praga no fim de 2023, e Bert Stevens, o popular “girafganger7”, sócio da Pocarr, que é o atual campeão do Main Event da WSOP Online, conquista histórica transmitida na Twitch.

Parker teve uma bela atuação na mesa final e venceu o torneio contra o irlandês Fergal O’Cathain. Na mão final, com dois pares de no flop ele conseguiu que o adversário engatasse em um all in com . O turn foi logo um que deu a vitória para “tonkaaa” com o river só cumprindo tabela.

Confira a premiação da mesa final:

1º – Parker Talbot (Canadá) – € 134.279

2º – Fergal O’Cathain (Irlanda) – € 86.635

3º – Padraig O’Neill (Irlanda) – € 61.885

4º – Roope Tarmi (Finlândia) – € 47.605

5º – Ian Drake (Ilha de Man) – € 36.615

6º – Bert Stevens (Bélgica) – € 28.165

7º – Jamie Dwan (Reino Unido) – € 22.530

8º – Narcis Olaru (Espanha) – € 18.025

9º – Jani Tuovinen (Finlândia) – € 15.020

Parker Talbot

Confira o MundoTV Cast #58 com Mateus Carrión

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MundoTV Cast #59: Felipe Sena relembra início do poker com referência do avô, comenta big hits e fala sobre 4Bet Hunters

O jogador foi o vencedor do prêmio Mundo Poker Awards na categoria Feito do Ano

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Felipe Sena

 

Durante o mês de janeiro e início de fevereiro, o MundoTV Cast desembarcou no Rio de Janeiro e teve vários episódios gravados no KSOP GGPoker South America. E um dos convidados foi Felipe Sena, jogador da baixada santista que bateu um papo com o conterrâneo Guilherme Schiff, jornalista do Mundo Poker e anfitrião do programa.

Figura importante do 4Bet Poker Team, onde é sócio da turma “Hunters”, Felipe Sena teve um ano espetacular, principalmente no mês de julho, onde venceu de forma seguida dois anéis da WSOP Circuit na GGPoker e, na sequência, o Main Event do BSOP Winter Millions. Feito que o credenciou como vencedor do Mundo Poker Awards 2023.

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Felipe que marcou presença em várias etapas do circuito, elogiou bastante a estrutura oferecida pelo KSOP GGPoker South America. Logo no começo, Felipe falou sobre a presença do avô Sr. Sena, uma das lendas do poker santista, responsável por toda a criação de Felipe após o grinder perder o pai com apenas seis anos e, consequentemente, o introduziu ao poker.

Entre os assuntos abordados por Guilherme Schiff, Felipe Sena falou sobre o poker em geral, primeiras referências no jogo, cenário de poker ao vivo, amigos de Santos, 4Bet Poker Team, turma Hunters no BSOP Millions e muitos outros assuntos.

Confira o MundoTV Cast #59 com Felipe Sena:

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Qualidade sobre quantidade? Daniel Negreanu tem início de ano arrasador após mudança de hábitos

O canadense vem tendo um início de ano muito positivo

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Daniel Negreanu
Daniel Negreanu

 

US$ 2.228.174. Esse foi o prejuízo de Daniel Negreanu ao longo do ano de 2023. O craque canadense, que costuma tornar públicas várias de suas informações acerca de sua carreira no poker, teve no ano passado o pior de sua carreira e prometeu uma forte mudança de hábitos para garantir que o resultado negativo não fosse repetido.

A depender de sua participação nos eventos da PokerGO Tour até o momento, seu objetivo de priorizar qualidade sobre quantidade está sendo muito bem alcançado: o canadense já registrou múltiplos títulos e muitas outras mesas finais em diferentes modalidades.

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Para se ter uma ideia, Negreanu chegou no top 6 em todos os seis últimos torneios que alcançou a zona de premiação – nesse ano, ele só não chegou entre os sete primeiros em 2/11 torneios em que alcançou o ITM. São duas cravadas, dois vices no heads-up e quatro forras acima de US$ 100.000 nos torneios que participou. Menos entradas, mais consistência.

Embora Negreanu tenha focado seus primeiros meses do ano em participação no PokerGO Tour, ele já anunciou também que seu foco na WSOP será diferente dos próximos anos, com menos torneios disputados e sem o objetivo de ser considerado o Jogador do Ano da WSOP. Ainda tem muita água pra rolar, mas ao menos nas primeiras impressões, parece que o plano para sair do vermelho tem dado bastante certo.

Confira o MundoTV Cast #58 com Mateus Carrión

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