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Jogador de poker reconhece mentira sobre câncer terminal após disputar Main Event da WSOP com inúmeras doações

Rob Mercer ganhou entre US$ 30.000 e US$ 50.000 com a história

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Rob Mercer

Um jogador recreativo dos Estados Unidos com câncer terminal recebeu inúmeras doações em dinheiro para realizar o sonho de disputar o Main Event da WSOP deste ano. Dois meses depois, o castelo de Rob Mercer desmoronou. Sofrendo pressão de diversos personagens importantes da história, ele admitiu ter mentido sobre a diagnóstico da doença para benefício próprio.

Mercer foi de um mero desconhecido a uma espécie de celebridade na comunidade norte-americana quando revelou ter um câncer terminal de cólon no estágio 4 diagnosticado no ano passado. Rob criou uma campanha no site GoFundMe para realizar o sonho de participar do torneio de poker mais importante do mundo que tem buy-in de US$ 10.000.

A história se espalhou principalmente pelo Twitter Space em fóruns com discussões de áudio. O objetivo era angariar US$ 12.000, mas a campanha ganhou um adepto endinheirado: Nick Vertucci. Rapidamente, a história se espalhou e a estimativa é que Mercer tenha recebido algo entre US$ 30.000 e US$ 50.000 também com doações privadas.

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Mercer revelou a mentira para o Las Vegas Review-Journal, o principal jornal de Nevada, que também acompanhou a trajetória dele antes da descoberta. “Eu menti sobre ter câncer de cólon. Eu não tenho câncer de cólon. Usei isso para encobrir minha situação. O que eu fiz foi errado. Não deveria ter contado para as pessoas que eu tinha câncer de colón. Fiz isso de repente quando alguém me perguntou qual tipo de câncer eu tinha”, explicou.

Embora reconheça o erro, a justificativa de Rob foi ter vergonha de revelar que o câncer que tem é de mama, doença rara entre homens. A história começou a ganhar contornos de filme quando Doug Parscal Jr, um entusiasta do poker, passou a suspeitar do diagnóstico. Ele foi uma das pessoas mais ativas da campanha para ajudar Mercer a realizar o sonho.

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O que aconteceu em Vegas?

As primeiras bandeiras vermelhas aconteceram ainda durante a WSOP. Mercer foi eliminado antes do Dinner Break do Dia 1 do Main Event, mas foi para Las Vegas com a ajuda de muitas pessoas e até ganhou um quarto de hotel no Bellagio para ficar com o pai. Antes mesmo do torneio, Rob chamou a atenção pelo comportamento ingrato e por gastar dinheiro no cassino.

Ele foi visto apostando uma parte do dinheiro e foi questionado por Vertucci sobre a ética de usar o dinheiro doado para jogar no cassino. A primeira impressão do CEO do Americas Cardroom foi a seguinte: “eu não gostei desse garoto”. Quem também não teve afinidade com Mercer foi Cody Daniels, esse sim com uma doença terminal que teve uma linda história na WSOP.

“Ele foi muito vago nas respostas. Ninguém queria dizer isso. Foi suspeito para nós e obviamente não fomos os únicos”, disse Daniels sobre o encontro com Mercer junto de sua mãe. Ele ajudou Rob com US$ 2.500. Depois de Vegas, Doug Parscal começou a ter dúvidas sobre a história e outros doadores também. Então, ele passou a investigar o caso. Quando viu a “prova” do diagnóstico, disse ter ficado mal com a certeza de que tudo havia sido um golpe.

A investigação

Mercer havia pedido um laudo com um médico para provar o caso, mas nunca recebeu uma resposta e ninguém verificou esse importante detalhe. Todos os envolvidos do caso presumiram que Rob havia apresentado provas adequadas do diagnóstico na época, então não foram atrás de nenhum tipo de confirmação.

Parscal pediu mais provas para Mercer e recebeu a mesma que ele apresentou anteriormente: uma nota quase idêntica do site MyChart.org, uma espécie de consultório online. Confrontado, Mercer desativou as redes sociais, aumentando ainda mais as suspeitas. “Eu estava apenas tentando manter a minha história”, disse Rob.

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“Eu não queria ser exposto porque isso parece ruim. Eu menti. Eu não vou negar isso. Eu menti. Eu deveria ter sido transparente e confortável com o que está acontecendo comigo e contar às pessoas o que estava acontecendo”, reconhece. “Eles estão me fazendo parecer uma espécie de monstro, como esse vilão vingativo que planejou isso com meses de antecedência. É uma loucura. Mas eu entendo”, contrapôs.

“No fim das contas, eu menti para várias pessoas porque eu tive medo de contar a verdade. Eu acho que vou ter que pagar por isso”, finalizou. No entanto, o site GoFundMe contactou Mercer por ter violado os termos do serviço. Só que ele se nega a devolver o dinheiro porque entende que recebeu o dinheiro por estar doente com câncer de mama (também não provado até hoje). Na entrevista, ele diz que parou de jogar poker por causa da saúde prejudicada e que tem passado 18 horas na cama por dia.

Confira o MundoTV Cast #48 com Saulo Sabioni:

Rob Mercer ganhou entre US$ 30.000 e US$ 50.000 com a história

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MundoTV Cast #63: Fernando Carvalho fala sobre Midas Wear, vida na Austrália e início da carreira no poker

O papo rendeu duas horas de muitas histórias

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A temporada do MundoTV Cast gravada no KSOP GGPoker South America trouxe vários nomes conhecidos do cenário brasileiro. Um deles é Fernando Carvalho, um dos sócios da Midas Wear, marca de roupas oficial do maior circuito da América Latina.

Convidado por Guilherme Schiff, anfitrião do MundoTV Cast, Fernando falou logo no início sobre a importância da marca Midas Wear junto do KSOP GGPoker e também de como foi a preparação para a etapa South America, além de claro, toda a impressão sobre a histórica etapa.

Hoje no poker, Fernando já foi ligado a área de mercado financeiro, onde só pensava nisso. Trabalhando durante bom tempo, ele demorou para deixar de gostar até abrir a empresa, no qual ele se arrepende até hoje de não ter ficado milionário por falta de maturidade.

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Entre muitas baladas, desapontamento no trabalho, Fernando fez intercâmbio na Austrália para ficar seis meses, porém, renovou o visto algumas vezes e foi ficando. Trabalhou em restaurantes sem ao menos falar inglês. Nessa época, Carvalho também levou um golpe em Perth.

O período por lá também foi onde conheceu Elen, sua esposa e mãe do seu filho. Foi lá na Oceania que Fernando também conheceu o poker e logo quando retornou ao Brasil na época da pandemia, Carvalho aplicou para o Midas Poker Team, onde joga até hoje.

Hoje, bem próximo aos fundadores do time, ele também comentou a importância da organização do Midas Poker Team, onde Fernando faz parte atualmente. Esses e mais outros assuntos foram abordados no episódio 63 do MundoTV Cast.

Confira o MundoTV Cast #63 com Fernando Carvalho:

 

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Hipocrisia? Patrick Leonard “volta atrás” ao vencer torneio no formato Mystery Bounty: “É fantástico”

Inglês criticou o formato nas redes sociais, mas cravou um SCOOP mystery bounty

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Patrick Leonard

Tudo na vida – e no poker – é uma questão de perspectiva, e Patrick Leonard viu isso em questão de horas durante seu grind de quinta-feira. O jogador inglês reclamou dos torneios disputados no formato Mystery Bounty em sua conta no Twitter e, em três horas, “mudou” de opinião – isso porque ele cravou um torneio no SCOOP que continha os bounties misteriosos.

Patrick fez o primeiro tweet exatamente às 15h, criticando o formato da disputa dos torneios mystery bounty e pontuando que entendia o lado de “aposta” do jogo:

“Mystery bounties são a forma mais estúpida de poker que já foi criada. Quanto mais espaço eles ocuparem nas grades, pior. Se as pessoas querem pagar com qualquer coisa contra all-ins com chance de ganhar muito, ofereça algo pra elas com esse mesmo parâmetro. É muito ruim pra regs de low/mid onde a variância é infinita e também muito ruim para os recreativos que querem viver a experiência de um torneio – claro, eu vejo os benefícios pelo lado das apostas”

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Um outro usuário da plataforma comentou o print de uma mão do jogador inglês onde um shove de AQs foi pago por um 83o – e o 3 no flop resultou na eliminação de Leonard. A resposta foi simples: “Isso não é poker”.

Só que o jogo virou em questão de três horas. Isso porque ele estava na disputa do Evento #59-M do SCOOP, o US$ 530 Wednesday Mystery, e saiu com a cravada após o segundo dia do torneio, passando por cima de um field de 724 jogadores e forrando US$ 35.638. Só um jogador no torneio teve uma forra maior: o vice-campeão “Alister307”, que ficou com quase US$ 20 mil a mais que Leonard na soma dos bounties.

Patrick “se retratou” com o formato no Twitter e postou um print da sua vitória no torneio, chamando os mystery bounties de “fantásticos”. É como diz o ditado: no dos outros…

Confira o Episódio #68 do Poker de Boteco com Léo Jokura:

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Maurice Hawkins vence Main Event da WSOPC Cherokee e chega a incríveis 16 anéis do circuito

Ele está a apenas um dos 17 do recordista Ari Engel

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Maurice Hawkins

Vencer um anel de WSOP já é uma tarefa difícil o suficiente. Vencer dois é ainda mais complicado. Mas e vencer 16? É uma tarefa para poucos – mais precisamente, duas pessoas no mundo. Maurice Hawkins se tornou a segunda pessoa na história a fazer isso.

Hawkins venceu o Main Event do WSOP Cherokee, com buy-in de US$ 1.700 e um total de 981 entradas. O título no circuito regional entregou US$ 259.160 ao americano e, mais importante, lhe deu a segunda colocação isolada na lista de mais anéis do WSOP Circuit.

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Hawkins, que agora tem 16, quebrou o empate com Josh Reichard e Daniel Lowery; ele agora tem apenas um de desvantagem para Ari Engel, o grande recordista. Hawkins chegou inclusive a liderar o ranking de mais anéis de WSOP por bastante tempo, mas viu Engel ultrapassá-lo numa ótima fase recente – e que poderia ser maior se ele não tivesse perdido o heads-up num torneio online.

Agora, além dos 16 anéis, Hawkins possui também uma premiação total de US$ 5.735.304 de acordo com o Hendon Mob – aliás, ele também chegou a alcançar o 3-handed em dois outros eventos disputados esse ano, onde o anel escapou por pouco. É uma bela carreira do jogador americano!

Confira o Episódio #68 do Poker de Boteco com Léo Jokura:

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