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Espectador do desafio de Phil Galfond, Dante Goya analisa primeiras sessões e revela surpresa: “o range de 4bet deles”

O cearense é conhecido por um ser dos melhores jogadores de Omaha do Brasil

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Dante Goya
(Crédito: Artur Oliveira)

O desafio de Phil Galfond que virou assuntou mundial e está bombando com transmissões ao vivo também chamou a atenção de jogadores profissionais brasileiros. É o caso do cearense Dante Goya, um dos melhores nomes do poker nacional e também um super especialista quando o assunto é Pot-Limit Omaha, a modalidade do desafio.

Galfond ofereceu o desafio das 25.000 mãos de cash game de PLO heads-up e já tem seis rivais. O primeiro desafiante está sendo o grinder “VeniVidi” e, até então, Galfon está levando a pior após 3.937 mãos, com € 327.003 de prejuízo. Dante Goya disse que apesar do valor ser alto, é um número normal para os moldes da disputa.

“Além de estar acostumado, para o jogo que estão jogando (€ 100/200 o blind), são apenas 16 buy-ins. É completamente normal o que está acontecendo e ele está ciente disso”, disse Dante, recusando a ideia de que Galfond pode desistir.

LEIA MAIS: Phil Galfond e “VeniVidi” chegam aos 15% do desafio; caso Galfond desista agora, ele perde € 527.016.64

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O craque também disse que as transmissões são um ótimo material de estudo para quem quer evoluir na modalidade. “É um material muito bom porque eles são muito bons, então tudo que eles fazem ali você pode colocar no seu jogo, quando algumas coisas batem com o seu jogo, então você confirma que está fazendo o certo”, resumiu.

O que também surpreendeu o cearense foi o range de 4bet nas mãos que é possível ver o showdown dos jogadores.

“O VeniVidi aumentou para 600, o Galfond para 1.800 e o VeniVidi reaumentou para 5.400. Essa teve showdown e a mão dele era , ele ganha o pote. Uma mão double suited nem tão conected assim, pessoal (do chat) se surpreendeu”, lembrou.

Galfond está atrás, mas para Dante a situação está normal

Confira a conversa completa com Dante Goya sobre o desafio de Phil Galfond:

MP: Primeiro, o que você tá achando do desafio até agora, tá curtindo acompanhar?

DG: Curtindo muito. Desde quando o Galfond anunciou eu já gostei da ideia, ficou no meu radar, sabia as datas de tudo. Acompanhei as seis sessões que tiveram até agora. Esse início eu tô gostando mais ainda por causa do oponente. O “VeniVidi” é um cara que eu sei que é muito bom no cash de Omaha. O Galfond tem seis oponentes até agora, quatro profissionais e dois amadores, o Brandon Adamas e o Rob Yong. Dos quatro profissionais, dois são focados em Omaha online: o Action Freak e o VeniVidi. O Chance Kornuth e o Jungleman são muito bons também, mas não é o foco deles. O Galfond deu odds pra todo mundo e refletem isso. O VeniVidi foi a melhor que ele deu e pro Action Freak ele não deu odds nenhuma, foi 1×1. Ele tá ciente que são os dois melhores de heads-up cash game. O início tá bem legal por isso, então eu tô mega ligado em tudo que tá rolando.

MP: Você que é especialista em Omaha, o que pode comentar das jogadas dos dois no geral?

DG: São jogadas ótimas no geral, obviamente. Principalmente por ser heads-up e os dois serem especialistas nessa área. Mas eu queria ver mais showdown. O que acontece é que eles estão streamando e fica um comentarista no comando que não é nem o Galfond nem o VeniVidi e os dois ficam jogando sem interagir com o público. Você vê poucos showdowns, só em situação de all in e call e bet e call no river. Além de ser tudo muito rápido, na situação de all in e call são situações standards, não surpreende tanto. Claro que tem showdowns bons e mãos mais complexas, mas no geral é isso. O maior pote, de € 80.000, foi um cooler. Não tinha o que fazer, eles tinham que apostar todas as fichas mesmo. Nessa questão de avaliar fica faltando esse maior número de showdown.

MP: Te surpreende algumas?

DG: Uma coisa que surpreendeu principalmente o chat foi o range de 4bet deles. Tipo, no Omaha as pessoas só 4betam com AA e teve uma mão com showdown, um dos maiores potes, o VeniVidi aumentou para 600, o Galfond para 1.800 e o VeniVidi reaumentou para 5.400. Essa teve showdown e a mão dele era , ele ganha o pote. Uma mão double suited nem tão conected assim, pessoal se surpreendeu. Quem é regular tem noção que tem que ter esse tipo de mão no 4bet, você não pode só 4betar AA, principalmente nesse nível de competição dos dois.

MP: Tem sido um bom material de estudo?

DG: Com certeza. É um material muito bom porque eles são muito bons, então tudo que eles fazem ali você pode colocar no seu jogo, algumas coisas batem com o seu jogo, então você confirma que está fazendo certo. Como qualquer outra stream de alguém muito bom, é um ótimo material. Até porque é de graça. Se quiser melhorar, não tem desculpa.

4- O Galfond tá sofrendo nesse começo, você acha que ele deveria parar ou continuar?

DG: Com certeza continuar. Eu acho que nem passa na cabeça dele parar, ele tá perdendo 320K euros. Além dele estar mega acostumado de perder esses valores, já vi ele dizendo que perdeu US$ 1 milhão em uma sessão. Então, além de acostumado, para o jogo que estão jogando (€ 100/200 o blind) são 16 buy-ins. É completamente normal o que está acontecendo e ele está ciente disso. Vai continuar com certeza nessa situação atual. O nível é bem parecido, tudo muito normal, nem um nem outro jogando muito melhor que o outro. Muita variância isso que tá acontecendo dele estar perdendo € 320.000.

MP: Tem vontade de criar uma parada igual a essa para o Brasil?

DG: A ideia é irada, mas eu, eu mesmo, não. O Galfond só fez isso para promover o site dele e eu não tenho nada disso. Mas eu seria espectador de qualquer um que fizesse e poderia ser até desafiante de algum brasileiro. Pra mim não faz sentido fazer uma lista com os melhores do Brasil e jogar várias mãos contra eles, usando esse tempo se eu posso estar jogando contra jogadores mais fracos. Como jogador não faz sentido pra mim. Só espectador e desafiante, a ideia é show.

Dante Goya forrou alto no final do ano no Half Sunday Million

 

O cearense é conhecido por um ser dos melhores jogadores de Omaha do Brasil

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Chance Kornuth revela desconfiança com mesa da TV na WSOP: “Não me pareceu aleatório”

Ele não está 100% certo de que os jogadores na mesa da TV foram aleatórios

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Chance Kornuth

Estar na mesa da TV é sempre uma honra nos torneios ao redor do mundo, e quando isso acontece no Main Event da WSOP, a pressão também cresce bastante. O craque Chance Kornuth, no entanto, compartilhou nesta semana uma desconfiança relacionada ao Main Event da WSOP em 2023: a de que a seleção de jogadores na mesa da TV não foi totalmente aleatória.

Kormuth não chegou a dizer exatamente que foi manipulada, mas sua participação no podcast Raise Your Edge, de Benjamin Rolle, não deixou dúvidas sobre o que ele pensa: “O Main Event tinha 600 pessoas sobrando. As 10 pessoas que foram para a mesa da TV são praticamente feitas para isso, envolvendo eu, outros jogadores de elite e alguns fishes. Eu sou um dos melhores do mundo em reconhecimento de padrões, então não soou aleatório para mim de forma alguma”, contou.

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“É óbvio que isso nunca pode ser provado e eles jamais admitiriam isso, mas acho que há uma grande chance, e eu fiquei mentalmente preso nisso”.

A WSOP negou qualquer manipulação em resposta ao Poker.org: “A integridade do jogo sempre será a coisa mais importante para a WSOP. Seja a estrutura dos blinds, a duração dos níveis ou qualquer coisa relacionada a estrutura do torneio, o que determina a produção é o jogo, e nunca o contrário. Durante um torneio, a produção constantemente monitora quais mesas podem estar interessantes a ponto de passá-las para a mesa da TV, mas isso nunca é manipulado”, respondeu a organização por meio de seu PR.

Confira o Episódio #64 do Poker de Boteco com Dan Almeida:

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MundoTV Cast #60: José Heraldo, o “Rádio”, fala sobre medicina, paixão pelos mixed games e título brasileiro de Omaha

O jogador de Campinas bateu um belo papo com Guilherme Schiff

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O KSOP GGPoker South America aconteceu em janeiro e recebeu vários craques do poker brasileiro. Aproveitando isso, vários episódios do MundoTV Cast foram gravados por lá e o anfitrião Guilherme Schiff recebeu figuras importantes que contaram histórias. Um exemplo disso é José Heraldo, mais conhecido como “Rádio” na comunidade brasileira.

De Campinas, “Rádio” é médico pediatra, é campeão brasileiro de Omaha via ranking do BSOP. Amante das modalidades de mixed games, ele está no poker há muitos anos e participou pela primeira vez do KSOP GGPoker. Logo no começo do MundoTV Cast, ele disse como é conciliar a profissão com o jogo.

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Em um papo bastante descontraído, José e Guilherme comentaram bastante o cenário dos mixed games, onde “Rádio” é uma referência. O convidado lembrou o início nas modalidades, onde se aventurava nos cash games de Big O, nas várias idas a Las Vegas para disputar a WSOP.

Entre os temas abordados pelos dois, a dupla falou sobre Vitor Marques, o “Vitão”, Guarani contra Santos na final do paulistão 2012, representatividade brasileira na WSOP, Léo Bello, título no BSOP e muitas outras histórias.

Confira o MundoTV Cast #60 com José Heraldo “Rádio”:

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Brasil tem três jogadores no top 10 do ranking do poker online; conheça o novo líder

O “misterioso” Connor Rash é o novo líder

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Pedro Padilha / Felipe Boianovsky / Luiz Constantino

A nova atualização do ranking do poker online, feita nesta quarta-feira pelo PokerStake, trouxe várias novidades interessantes. A principal delas é que o Brasil conta agora com três representantes dentro do top 10, além de um novo nome no topo do ranking.

Pedro Padilha caiu um posto e agora aparece na terceira colocação com 9.534 pontos, liderando os jogadores do país. Um pouco atrás, na oitava colocação, a novidade no top 10 é Felipe Boianovsky, que aparece em oitavo com 8.196 pontos; ainda, Luiz Constantino é o décimo colocado, acumulando 7.569 pontos.

LEIA MAIS: Pedro Padilha tem belo grind de segunda-feira, anota bons resultados e é destaque na GGPoker

O novo líder é o americano Connor Rash, que está por trás da identidade misteriosa do jogador “fearthereaper”. Ele tem resultados muito positivos em nível local e tem dominado nas mesas da GGPoker e do ACR Poker. Rash aparece com 9.776 pontos, na frente do uruguaio Ramiro Petrone, com 9.588, na segunda colocação.

Além dos três que estão no top 10, o outro brasileiro que figura no top 20 é Dennys Ramos, com 7.026 pontos, na 17ª colocação. No total, são 15 jogadores da esquadra brasileira que figuram dentro do top 50.

Confira o top 10 completo do ranking do poker online:

1º – Connor Rash (Estados Unidos) – 9.776
2º – Ramiro Petrone (Uruguai) – 9.588
3º – Pedro Padilha (Brasil) – 9.534
4º – Roman Hrabec (República Tcheca) – 8.944
5º – Chris Klodnicki (Estados Unidos) – 8.932
6º – Niklas Astedt (Suécia) – 8.701
7º – Aleks Shepel (Rússia)  – 8.334
8º – Felipe Boianovsky (Brasil) – 8.196
9º – Damian Salas (Argentina) – 7.785
10º – Luiz Constantino (Brasil) – 7.569

Connor Rash – fearthereaper

Confira o Episódio #64 do Poker de Boteco com Dan Almeida:

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